O velório da criadora de 'Um Raio de Luz Ardente' (Pedro Ayres Magalhães) realiza-se no dia 6 de agosto, a partir das 18h00 até às 23h00, na Basílica da Estrela, em Lisboa.
No dia seguinte, entre as 09h00 e as 13h00, "haverá uma cerimónia de homenagem", seguindo-se às 14h00 a saída do funeral para o cemitério do Alto de São João.
"Resta-nos homenagear a artista, enquanto gesto fundamental para honrar a memória e amenizar a dor dos que lhe são próximos", rematou a Uguru.
A fadista Mísia, que foi considerada uma inovadora do género musical, morreu no passado sábado.
Susana Maria Alfonso de Aguiar, de seu nome de registo, nasceu no Porto e protagonizou uma carreira de cerca de 34 anos, durante a qual atuou nos mais variados palcos do mundo e recebeu diferentes prémios, entre eles o galardão francês da Academia Charles Cross pelo álbum "Garra dos Sentidos", no qual gravou poemas de Natália Correia, Mário Cláudio, Lídia Jorge, José Saramago, Lobo Antunes, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, e António Botto.
Em 2022, Mísia editou o álbum "Animal Sentimental", parte de um projeto tríptico sobre 30 anos de carreira, que incluiu um livro, com o mesmo título, saído no verão desse ano, e estreou um novo espetáculo.
Em 2004, foi condecorada com a Ordem das Artes e das Letras de França e no ano seguinte foi distinguida com a Ordem de Mérito da República Portuguesa.
Numa nota de pesar, o Governo realçou que "foi uma voz fundamental na renovação do fado".
"Com uma vasta carreira, Mísia foi uma voz fundamental na renovação do fado, sem receio de experimentar novas sonoridades e abordagens menos convencionais", afirmou a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, referindo que "granjeou o reconhecimento dos seus pares".
"Deixa-nos uma vasta lista de colaborações com músicos de todo o mundo, que demonstra a sua versatilidade e o seu talento", realçou ainda a titular da Cultura.
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