Na feira que decorrerá de 04 a 08 de setembro, a Perve Galeria apresentará obras do pintor e artista plástico português Carlos Zíngaro, que já havia sido anteriormente apresentado ao público nova-iorquino enquanto músico e compositor, e do argentino radicado nos Estados Unidos Mariano Cinat, que apresentará as suas paisagens que "vivem algures entre o real e o surreal", segundo a galeria.
Reafirmando o seu compromisso com a arte do Sul Global, a Perve Galeria levará também à "cidade que nunca dorme" obras da ceramista moçambicana Reinata Sadimba, uma das mais reconhecidas artistas africanas da atualidade, que se estreia na cidade norte-americana após ter exposto a sua obra em locais como Londres ou no Dubai, revelando a forma como entrelaça a cerâmica tradicional com uma linguagem contemporânea singular.
Também pela primeira vez em Nova Iorque, estarão obras do ceramista moçambicano João Donato, conhecido pelas suas narrativas e a forma como as transporta para a cerâmica.
A galeria, com sede em Lisboa, marcará ainda presença no 'Ukrainian Pavillion' com uma instalação inédita de Bogdan Gulyay (Ucrânia), com curadoria de Carlos Cabral Nunes, que "relembra o poder da criação artística face à realidade da guerra, que se encontra ainda bem presente na Europa", explicou a galeria em comunicado.
"Paradigma de artista resistente, Bogdan continua a viver e trabalhar em Kiev, desenvolvendo uma linha de trabalho que relembra o poder da criação artística face à realidade da guerra, em todos os seus elementos: psicológico, físico, arquitetónico e territorial", acrescenta a nota.
Também a galeria Carrasco, com espaços em Lisboa e em Madrid, estará presente na VOLTA New York, onde colocará em exposição obras de dois artistas de Portugal - o pintor João Cardoso - e de Espanha - o escultor Carlos Nicanor.
Será uma exibição "em forma de linhas cruzadas de diálogo de obras de arte" pelo espaço do 'stand', que irá desde o "corpo material dos volumes, e dos materiais naturais expressos nas esculturas únicas e simbólicas repletas de arquétipos de Carlos Nicanor", até à "louca e irónica narrativa distópica dos cenários de criaturas de João Cardoso, acompanhada de todas as questões relacionadas com a perda da humanidade", explicou a galeria no seu 'site'.
Durante os cinco dias de feira, a VOLTA New York apresentará mais de 50 galerias de 18 países, com destaque para o Pavilhão Ucraniano, apresentado em associação com a organização sem fins lucrativos Razom, que apresentará artistas da Ucrânia e da sua diáspora, "que estão a moldar ou moldaram o discurso dentro da atual área de conflito".
Sob a visão de um novo diretor artístico, Lee Cavaliere, os focos curatoriais da feira de 2024 falam sobre os temas de colaboração, comunidade e diálogo cultural.
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