De acordo com Gonçalo Reis, administrador não-executivo da Lisboa Cultura, a Galeria Avenida da Índia, na zona de Belém, foi o espaço escolhido para ser um polo museológico "permanente na cidade para dar visibilidade à arte contemporânea" detida pela autarquia.
Em declarações à Lusa, à margem da apresentação do festival de cinema LEFFEST, Gonçalo Reis explicou que Sara Antónia Matos e Pedro Faro, que atualmente dirigem as Galerias Municipais, ficam responsáveis pelo polo cultural, que está ainda em fase de projeto e só será concretizado no final do primeiro semestre de 2025.
Em julho, num balanço da atividade cultural em Lisboa, o presidente da câmara municipal, Carlos Moedas, tinha já anunciado que a coleção municipal de arte contemporânea teria um espaço próprio a partir de 2025.
Gonçalo Reis explicou hoje que a coleção de arte está atualmente espalhada por gabinetes e em depósito, e tem crescido com "as aquisições recorrentes que a autarquia realiza", nomeadamente na feira internacional de arte contemporânea ARCO.
A Galeria Avenida da Índia é um dos cinco espaços, em rede, que pertencem as Galerias Municipais, sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa, juntamente com o Pavilhão Branco, a Galeria da Boavista, o Torreão Nascente da Cordoaria Nacional e a Galeria Quadrum.
Gonçalo Reis lembrou que, ao acolher a coleção municipal, a Galeria Avenida da Índia será também "um 'cluster' interessante" de arte contemporânea, uma vez que o edifício fica em frente ao Pavilhão Julião Sarmento, espaço que vai acolher a coleção de arte privada deste artista, e cuja inauguração está marcada para 04 de novembro.
Também à margem da apresentação do festival de cinema LEFFEST, Carlos Moedas disse aos jornalistas que "grande parte do investimento" nestes equipamentos culturais "é feito pelos turistas", por via da cobrança da taxa municipal turística aplicada às dormidas em estabelecimentos como hotéis e alojamentos locais.
A Lisboa Cultura é a entidade que gere os equipamentos culturais da autarquia, anteriormente designada EGEAC.
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