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Carrasco improvável vitimou leão medroso: As notas do Sporting-Famalicão

Sporting voltou a comprometer e alcançou um resultado histórico: estreou-se a perder (1-2) com o Famalicão. Coates, que já tinha cometido três grandes penalidades frente ao Rio Ave, marcou, na própria baliza, o golo que selou o resultado final.

Carrasco improvável vitimou leão medroso: As notas do Sporting-Famalicão
Notícias ao Minuto

08:09 - 24/09/19 por Sérgio Abrantes

Desporto Análise

O Sporting voltou ontem, segunda-feira, a claudicar. A precisar de vitórias e boas exibições como quem precisa de pão para a boca, o leão adiou o seu rugido e, frente a um Famalicão que entrou líder para a jornada e dela saiu líder, caiu com estrondo.

Coates, que já tinha tido um dia para esquecer no jogo frente ao Rio Ave, voltou a ser carrasco de uma equipa que parece ter medo de se expor ao jogo. 

Depois de uma boa primeira parte, em que se mostrou sempre mais forte que o seu adversário, o Sporting caiu ao minuto 88, fruto de um autogolo de Coates.

Porém, esta não foi a única nota negativa a retirar da partida. É que sem o seu capitão, os verde e brancos até disfarçaram algumas dificuldades no segundo tempo, mas a segunda parte mostrou um leão que dá medo... aos seus próprios adeptos.

Com Leonel Pontes a prazo, como o próprio treinador já defendeu várias vezes, o tribunal de Alvalade dificilmente deixará passar este resultado sem uma convulsão interna. Se os assobios são normais, os apupos para Frederico Varandas têm vindo a subir de tom e, por isso, o vulcão verde e branco parece cada vez mais próximo de explodir. 

Mas vamos às notas do jogo:

Figura do jogo: Sebastian Coates. O uruguaio teve uma noite para esquecer e 'coroada' com um autogolo. Desatento em várias ocasiões, o que não é normal para um atleta do seu calibre, com a braçadeira no braço, o central mostrou-se muito nervoso em todo o encontro. Com Pontes a precisar de uma fortaleza defensiva, até porque os verde e brancos sofrem há oito jogos consecutivos, ao lado de Mathieu, o sul-americano deixou muito a desejar e foi a pedra que fez desmoronar o resultado.

Notícias ao MinutoJogador era o rosto da desilusão depois de mais uma derrota do Sporting© Global Imagens

Surpresa: Rodrigo Battaglia. Quase 11 meses depois, o argentino, que tantas vezes foi peça-chave para Jorge Jesus, surgiu, sem aviso, no onze inicial. Com missões mais adiantadas no terreno do que aquelas que ocupou em tempos anteriores de leão ao peito, o médio mostrou-se disponível para quase todos os lances em que foi solicitado. Sem a mesma garra competitiva, facilmente explicável pela sua ausência, o regresso de Battaglia é uma boa notícia para o futebol do emblema de Alvalade. Rosier também se mostrou em bom plano, dando seguimento às boas notas dos últimos encontros.

Desilusão: Leonel Pontes. O treinador está a mostrar algumas dificuldades em controlar a equipa. É certo que suceder a alguém, sobretudo em movimento interno, é sempre tarefa complicada, mas o técnico não está, neste momento, a conseguir unir a equipa. O grupo de trabalho parece ligar e desligar sem explicação e mostra um futebol muito alternante entre o mediano e o mau. Com missão de voltar a dar nova identidade aos verde e brancos, sem argumentos no plantel para outro tipo de rugido, Pontes está cada vez mais em risco de cair e fazer cair... Varandas.

Notícias ao MinutoTreinador do Sporting aquando da substituição de Vietto© Global Imagens

Treinadores

Leonel Pontes: Surpreendeu ao iniciar a partida com Rodrigo Battaglia em campo. O argentino vinha de longa paragem e, agora que está plenamente recuperado, foi lançado aos leões. Não comprometeu e até se mostrou boa aposta, mas foi outro argentino a dar que falar. É que quando Vietto estava a ser uma das melhores unidades em campo, conseguindo mesmo estrear-se a marcar, pautando o jogo e fazendo mexer as (poucas) peças do ataque, Pontes decidiu retirar o sul-americano de jogo. Foi confrontado pelo próprio atleta e... pelas bancadas. Diz-se que quem está lá dentro é que sabe, mas esta foi uma daquelas substituições que não conseguimos compreender. 

João Pedro Sousa: Pareceu ter sido surpreendido no primeiro tempo, mas conseguiu medir rapidamente o pulso ao jogo e posicionar os seus jogadores para segurar o primeiro tempo. A perder ao intervalo, o técnico não cedeu à tentação de alterar o plano. Manteve o onze inicial, acertou o que tinha de acertar e viu os seus pupilos partirem para um segundo tempo de luxo. Sem nunca serem grandemente incomodados na sua baliza, os minhotos conseguiram fazer história em Alvalade. Venceram onde nunca tinham vencido e no final dos 90 minutos recuperaram, à sexta jornada, a liderança da I Liga. 

Árbitro: Hugo Miguel. Teve uma prestação positiva ajuizando todos os lances de maior complexidade com celeridade e no plano disciplinar não foi excessivamente exigente com os jogadores. Conduziu uma partida que também não deu 'grande trabalho', mas sai de Alvalade com sinal positivo.

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