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Leão apático num Bonfim de máscara. As notas do Vitória FC-Sporting

Silas terminou o jogo com algumas dores de cabeça para o duelo frente ao Benfica.

Notícia

© Global Imagens 

Ricardo Santos Fernandes
12/01/2020 07:22 ‧ 12/01/2020 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto

Análise

O Sporting venceu, neste sábado, o Vitória FC, por 2-1, no estádio do Bonfim, num duelo relativo à 16.ª jornada da Liga portuguesa.

Num jogo movido  a enorme contestação, no decorrer dos últimos dias, por força do surto viral que afetou o balneário sadino, a verdade é que a partida acabou mesmo por se realizar, a prol da vontade leonina e contra a intenção dos anfitriões.

Os adeptos locais mostraram desde cedo a contestação a Varandas, presente no camarote ao lado do homólogo sadino, bem como aos jogadores verde e brancos, com assobiadelas constantes. 

Todavia e apesar do Vitória FC ter tido 12 jogadores de quarentena em casa, e apenas um futebolista escalado no onze de Julio Velázquez que não apresentou sintomas de contágio (Guedes), a verdade é que o emblema do distrito de Setúbal esteve longe de ser uma "equipa morta", apresentando argumentos de querer discutir o jogo com o leões... pelo menos nos instantes iniciais.

O Vitória começou por pegar na batuta do jogo mas, à semelhança dos leões, não mostrava aptidão para criar ocasiões de perigo. Aliás, o único remate enquadrado surgiu por intermédio de uma grande penalidade apontada por Bruno Fernandes, já que o primeiro golo do Sporting nasceu de um auto-golo de João Meira [o primeiro dos sadinos na presente temporada].

Na etapa complementar, o Sporting ainda apanhou um tremendo susto, por intermédio de uma 'bomba' de Carlinhos, que só terminou nas redes de Luís Maximiano, mal batido no lance do golo diga-se. Até ao fim nota para o amarelo a Coates, que falha o Clássico frente ao Benfica, por acumulação de cartões, e a lesão de Vietto. Bruno Fernandes, sempre ele, ainda foi a tempo de aumentar a contagem no marcador e também na sua conta pessoal: 15 golos na temporada, oito no presente campeonato.

Confira os destaques deste jogo entre Vitória FC e Sporting:

Figura do jogo: Certamente o capitão leonino já está cansado de receber esta nomeação, mas, mais uma vez, foi o abono de família de um leão que jogou num estado de enorme apatia nas margens do rio Sado. Com dois golos, quatro remates e outros tantos desarmes foi o maior desequilibrador em campo. Até quando o Sporting vai poder contar com ele? 

Surpresa do jogo: Guedes foi um dos melhores intervenientes do Vitória FC em campo, sendo um dos jogadores que mais perigo criou nas imediações da grande área de Luís Maximiano. Já depois do 1-2, assinado por Carlinhos, o avançado português esteve perto de selar o empate na vintena final de minutos. A bola terminou a beijar a barra da baliza verde e branca... 

Desilusão do jogo: No 100.º jogo de Mathieu com a camisola dos leões, o central francês não viveu uma noite de grande inspiração. Por vezes displicente na forma como abordou os lances de bola parada, também esteve na origem do golo de Carlinhos, originada por uma perda de bola infantil no reduto defensivo dos leões.

Treinadores

Julio Velázquez: Não se pode fazer omeletes sem ovos e com 12 jogadores de quarentena, por culpa de uma virose, as opções do técnico espanhol estavam bastante limitadas. O técnico dos sadinos disse que tinha à sua disposição uma “equipa de m****” e a verdade é que as soluções de banco não eram muitas – apenas cinco -, sendo que do onze apenas Guedes não foi apanhado pelo ‘surto’.

Silas: Tirou poucos dividendos de um jogo em que se pedia muito mais a este leão. Não pelas contrariedades que o adversário apresentava, mas porque se exigia mais a um Sporting que tem à sua disposição armas bastante superiores a um rival que, mesmo no expoente máximo da sua condição física, continua a ter nas suas linhas menos opções, quer em qualidade quer em quantidade. Demorou demasiado a reagir, sendo que, só a espaços, o leão acordou de uma apatia confrangedora. 

Árbitro da partida: Tiago Martins nem sempre esteve acertado no capítulo disciplinar, a exemplo disso o amarelo (bastante exagerado) a Luiz Phellype no minuto inaugural da partida e o amarelo mostrado a Coates (numa falta inexistente). Nos lances capitais do encontro esteve correto em assinalar a grande penalidade, em benefício dos leões, ao minuto 34.

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