"Não sabemos o futuro, mas sabemos as propostas e ideias que foram apresentadas. Existe a possibilidade de haver mais substituições, de os jogos terem menos de 45 minutos em cada parte e também se fala em realizar os jogos em campos neutros", explicou Gordon Taylor, em declarações à BBC.
Na sexta-feira, os clubes do primeiro escalão inglês voltam a reunir-se, numa altura em que os organizadores da competição estão em conversações com especialistas médicos e com o governo britânico para tentar retomar o futebol em junho e disputar os 92 jogos que faltam para terminar a edição 2019/20 da Premier League.
"É um processo muito complexo e teremos que esperar para ver se é viável. Uma coisa é certo, se não tentarmos, então nunca será viável de certeza. Há muito a discutir, mas a questão principal é se a temporada pode terminar de uma forma completamente segura", referiu o antigo extremo, agora com 75 anos.
A Premier League foi interrompida no início de março devido à pandemia da covid-19, numa altura em que o Liverpool tinha caminho livre para ser campeão, já que lidera a prova com mais 25 pontos que o Manchester City, de Bernardo Silva e João Cancelo.
De acordo com os últimos dados, o Reino Unido apresenta o quarto maior número de infetados no mundo com o novo coronavírus (190.584) e registou 28.734 mortos, aparecendo só atrás de Estados Unidos e Itália.
Com a declaração de pandemia, em 11 de março, inicialmente alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, adiados -- nomeadamente os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o Euro2020 e a Copa América -- ou suspensos, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.
Os campeonatos de futebol de França e Países Baixos foram, entretanto, cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.