O risco de a presente temporada da Premier League vir a ser cancelada é cada vez mais real, em especial devido ao facto de a maioria dos clubes estar, neste momento, contra um dos principais pressupostos impostos pelo governo para a retoma da competição.
As autoridades insistem que os 92 encontros restantes do principal escalão do futebol britânico devem ser realizados em estádio neutro, de forma a minimizar as deslocações e o ajuntamento de adeptos, algo que está a criar uma divisão no campeonato.
De acordo com informações veiculadas, esta terça-feira, pela estação televisiva ESPN, 12 dos 20 clubes que alinham na competição já se opuseram a esta proposta, entre eles Tottenham (de José Mourinho), Arsenal e Chelsea.
Na base desta posição estão as elevadas receitas provenientes de patrocínios que os clubes em causa poderão vir a perder caso não disputem as jornadas restantes nos respetivos recintos.
O Arsenal, por exemplo, assinou, em fevereiro de 2018, com a Emirates um contrato válido por cinco anos, período ao longo do qual receberia mais de 200 milhões de euros. Um valor que, no entanto, será reduzido caso as partidas sejam realizadas foram do Emirates Stadium.