O jornal espanhol As publica, esta quarta-feira, uma extensa entrevista com Paulo Futre, na qual o antigo internacional português defende que teria sido o mais justo vencedor da edição de 1987 da Bola de Ouro, que acabaria por ser entregue a Ruud Gullit.
O ex-jogador lembra que "tinha sido campeão da Europa com o FC Porto" nesse mesmo ano antes de partir rumo ao Atlético de Madrid, pelo que aquilo que demonstrou dentro das quatro linhas deveria ter sido suficiente para conquistar o troféu de melhor do mundo.
"Eu sabia que tinha vantagem e que devia mantê-la até novembro, quando começassem as votações. A luta era entre Gullit, Butragueño e eu. Mas houve um jornalista do meu país que votou a favor de Gullit. Penso que houve batota", atirou.
"Sempre houve coisas estranhas nas votações. Mudam-se votos, outros não aparecem, jornalistas que votam mas não existem... Um dia, estando em Milão, estive prestes a perguntar a Berlusconi o que tinha feito para que ganhasse Gullit e não eu, mas não tive coragem", prosseguiu.
Na mesma entrevista, Paulo Futre falou das suas referências no futebol "Formei-me no Sporting, mas o meu ídolo era Chalana, que, curiosamente, jogava no rival, o Benfica. Era impressionante, um génio. Depois, fiquei encantado com o italiano Bruno Conti, no Mundial de Espanha. Sempre quis ir para a AS Roma por ele. Mas, acima de todos, esteve sempre Maradona".