O FC Porto fechou com chave de ouro a participação na fase de grupos da Liga dos Campeões, alcançando na derradeira jornada novo triunfo, desta feita em solo helénico, diante do Olympiacos.
Os dragões venceram os pupilos de Pedro Martins por 2-0, com golos de Otávio (de grande penalidade) e de Matheus Uribe, já na etapa complementar.
Além de 2,7 milhões de euros encaixados com a vitória em Atenas, o FC Porto também deixou, mais uma vez, a sua baliza em branco, pelo quinto jogo consecutivo.
Nesta fase de grupos, o clube português apenas sofreu golos diante do Manchester City (três), o que permitiu ao FC Porto igualar a sua melhor defesa de sempre nesta fase da competição da Liga dos Campeões.
Importa agora é relembrar as notas e quem mais se destacou neste Olympiacos-FC Porto:
Figura do jogo: Otávio comandou as tropas azuis e brancas para o primeiro triunfo do FC Porto na casa do Olympiacos. Abriu a lata dos golos aos 10 minutos e ainda serviu, em bandeja de prata, os seus companheiros com dois passes de finalização sublimes. Um rei dos desarmes e também um 'operário de serviço' em ajudar o setor mais recuado em tarefas defensivas.
Surpesa do jogo: Renegado na maior parte das vezes do onze de Conceição, após a exbição desastrosa em Paços de Ferreira, Diogo Leite voltou a subir à ribalta e sai de Atenas com bastantes créditos somados. Exímio no capítulo defensivo, o defesa português esteve impecável à flor do relvado, tal como nas alturas. Em quase todos os duelos travados foram os avançados gregos a chorar com oponente quase intransponível.
Desilusão: Rúben Semedo não vai guardar a noite desta quarta-feira no seu curriculum, afinal no capítulo defensivo não assinou uma exibição para mais tarde recordar. Com tremendas dificuldades para marcar Toni Martínez teve ainda o azar de prejudicar a sua equipa na reta final da partida, após ser expulso por acumulação de amarelos.
Treinadores:
Pedro Martins chumbou no último exame do Olympiacos na presente edição da Liga dos Campeões. O treinador português, no final da partida, falou em falta de eficiência dos seus avançados e a verdade é que a formação grega desperdiçou duas ocasiões flagrantes de golo, todavia também faltou maior agressividade a um conjunto que permitiu, nomeadamente no corredor central, grande liberdade aos médios do FC Porto para progredir com a bola. Além do mais, Toni Martínez, Uribe e Luis Díaz 'dançaram' demasiadas vezes, e com relativa facilidade, nas imediações da grande área grega. Há efetivamente muito a melhorar neste Olympiacos.
Sérgio Conceição tinha garantido na antevisão a esta partida que "nem a feijões gostava de perder" e, em abono da verdade, num jogo que mais contava para o acrescento de milhões à conta bancária azul e branca, o FC Porto não só não desiludiu, assim como venceu e convenceu. O treinador dos dragões aplicou uma mini revolução no onze, mantendo apenas três jogadores dos que tinham alinhado frente ao Tondela, e saiu com a certeza de que tem um leque de opções para compromissos futuros maior do que, se calhar, pensava.
Árbitro da partida: Felix Brych esteve bem nos lances capitais da partida. Correcta a decisão de assinalar penálti a favor do FC Porto, após recorrer às imagens no VAR, e indiscutível a mostragem do segundo amarelo, e consequente ordem de expulsão, a Rúben Semedo.