Questionado sobre o assunto, numa conferência de imprensa virtual a partir de Genebra, o responsável pela área das emergências em saúde da OMS, Mike Ryan, não disse se os Jogos devem ser de novo adiados [deviam ter sido em julho do ano passado] e explicou que essa é uma decisão que cabe ao Japão.
O responsável disse ter confiança nas autoridades japonesas e salientou que a OMS oferece "consultoria e assessoria" e "análise de risco", mas que não faz parte do processo de decisão.
"Todos gostaríamos de ver as olimpíadas como símbolo de união mundial. Acredito que o Comité Olímpico Internacional e o Japão estão a analisar constantemente os riscos", disse Mike Ryan, considerando também que "é difícil pensar nas olimpíadas no contexto de pandemia".
Na conferência de imprensa de hoje o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, agradeceu aos Estados Unidos o anúncio de quinta-feira de que tenciona manter-se na organização [a saída tinha sido anunciada pelo anterior Presidente, Donald Trump].
"Os Estados Unidos desempenham há muito um papel vital na saúde global. Foram um membro fundador da OMS, e têm sido um líder na luta contra muitas doenças, desde a varíola à poliomielite, e da malária ao HIV", disse o responsável, saudando igualmente o compromisso dos Estados Unidos de regressar ao Acordo de Paris sobre alterações climáticas, com "grandes benefícios para a saúde do planeta".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.