"Acreditamos que qualquer proposta sem o apoio da UEFA - uma organização que tem trabalhado para promover os interesses do futebol europeu durante quase 70 anos - não resolve os problemas que a comunidade do futebol enfrenta atualmente, mas é motivada por interesses pessoais", criticou o dirigente.
No sábado, 17 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
"O Paris Saint-Germain acredita firmemente que o futebol é um desporto para todos. Tenho sido consistente neste ponto desde o início. É preciso lembrar que, como clube de futebol, somos uma família e uma comunidade, cujo coração é feito de nossos adeptos. Devemos lembrar-nos disso", vincou.
A competição anunciada vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores -- apesar de só terem sido revelados 12 -- e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Nasser Al-Khelaifi assume que "há uma necessidade clara de mudar o modelo de competição existente da UEFA", pelo que entende que a proposta que o organismo apresentou na segunda-feira, após 24 meses de "consulta aprofundada" a todo o panorama do futebol europeu, "vai nessa direção".
O novo modelo proposto pela UEFA prevê o aumento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.
O dirigente do clube semifinalista do vice-campeão da Europa e atual semifinalista da 'Champions' garante que o Paris Saint-Germain "continuará a trabalhar" com a UEFA , a Associação Europeia de Clubes e todas as partes interessadas no futebol europeu "com base nos princípios da boa fé, dignidade e respeito por cada um".
Nasser Al-Khelaifi foi hoje reeleito para o Comité Executivo da UEFA como representante da Associação dos Clubes Europeus (ECA) para um novo mandato de três anos.
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