Johnson "renovou o seu apoio incondicional às autoridades do futebol" e confirmou que estas têm "o apoio total do governo para empreenderem todas as medidas necessárias para parar o projeto", indicou Downing Street num comunicado publicado depois da reunião.
"O primeiro-ministro confirmou que o governo não ficará parado enquanto um punhado de proprietários cria o seu clube privado. Foi claro sobre o facto de nenhuma medida estar descartada e que o governo [está a explorar] todas as possibilidades, nomeadamente a via legislativa, para assegurar que esta proposta seja abandonada", acrescenta a nota.
A Federação inglesa de futebol (FA), a Premier League e grupos de adeptos estiveram reunidos, na presença do ministro do Desporto, Oliver Dowden, dois dias depois do anúncio da criação de uma 'liga europeia privada' na qual vão participar seis clubes ingleses.
"Todos os participantes concordaram que é preciso agir para preservar a competição igualitária e aberta que queremos ver no futebol e para manter o princípio fundamental de que cada clube deve ter uma oportunidade de defrontar e de triunfar frente aos melhores jogadores deste desporto", acrescenta ainda Downing Street.
Na segunda-feira, Boris Johnson já tinha garantido que iria fazer "tudo o que puder" para impedir a criação da Superliga europeia de futebol, anunciada no domingo.
"Vamos analisar tudo o que podemos fazer com as autoridades do futebol para garantir que a Superliga não aconteça como está planeada. Isto não é uma boa noticia para os adeptos nem para o futebol deste país. Não gosto da aparência desta proposta e farei tudo o que puder para que não aconteça", afirmou na segunda-feira aos jornalistas ingleses.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores -- apesar de só terem sido revelados 12 -- e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
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