Os Estados Unidos vão enviar atletas norte-americanos aos JO 2022, mas as delegações desportivas não vão ser acompanhadas de representantes diplomáticos.
De acordo com a Casa Branca, trata-se de uma posição contra a violação dos Direitos Humanos na República Popular da China, sobretudo na província de Xinjiang.
No passado dia 18 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha admitido que o país estava "a considerar" um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno, como forma de protesto contra a violação de direitos humanos na República Popular da China.
Associações e organizações não-governamentais há muito que instam a um boicote à competição desportiva, acusando o governo de Pequim de manter mais de um milhão de muçulmanos uígures em campos de reeducação na província de Xinjiang.
Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 vão prolongar-se entre os dias 04 a 20 de fevereiro do próximo ano, na capital chinesa, e a participação no evento tem dividido a política norte-americana, com vários projetos no Congresso destinados quer a sancionar empresas que apoiem o evento quer a instar a um boicote total.
O Comité Olímpico norte-americano pediu para que não se punam os atletas após quase dois anos de pandemia de covid-19, além de lembrar o boicote contra os Jogos Olímpicos de Moscovo, em 1980, entre outros, como "um erro", dada a transformação do desporto num "instrumento político".
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