"Ganhar a Liga dos Campeões, um Mundial ou um Europeu com Portugal e, claro, a Bola de Ouro [que premeia o melhor futebolista mundial]. Para atingir isso, preciso de melhorar, trabalhar bem, cuidar-me e concentrar-me totalmente em mim", observou o avançado do Atlético de Madrid, de 22 anos.
João Félix transferiu-se em 2019 do Benfica para o Atlético de Madrid, por 120 milhões de euros, recorde de transferências de clubes portugueses, mas ainda não justificou o estatuto de superestrela nos 'colchoneros', apesar de ser utilizado com muita regularidade.
Logo na época de estreia, em 2019/20, marcou nove golos, em 36 jogos, e, na seguinte, ajudou o Atlético de Madrid a conquistar o título espanhol, terminando com 10 tentos, em 40 partidas, mas as lesões também ajudam a explicar a demora em aproximar-se do nível do compatriota Cristiano Ronaldo.
"No início estava bem, mas rapidamente me lesionei e joguei seis meses com um osso do pé partido. Ninguém sabia, e só foi descoberto após a cirurgia. Foi uma escolha minha [jogar com dores], para tentar ajudar a equipa", recordou o jogador.
João Félix, que esta temporada marcou apenas três golos, em 21 jogos pelo Atlético de Madrid, vai enfrentar o Manchester United e os compatriotas Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Diogo Dalot nos oitavos de final da Liga dos Campeões, depois de ter eliminado o FC Porto na fase de grupos.
"É bom poder jogar contra os amigos. Troquei mensagens com o Bruno [Fernandes] após o sorteio. É um jogador muito, muito bom. É muito fácil jogar com ele. Quando tem a bola, faz sempre a melhor opção. E Cristiano [Ronaldo] é um modelo para todos na seleção", sustentou.
Na entrevista ao sítio norte-americano especializado em notícias de desporto, João Félix lembrou também os tempos em que alinhava nos escalões de formação do Benfica e o golo que marcou ao Sporting (1-1), em 2018, no terceiro jogo com a camisola da formação principal 'encarnada'.
"Foi o meu primeiro golo [pela equipa principal do Benfica] e marcá-lo num dérbi como aquele foi inacreditável. O estádio estava completamente cheio. Foi um dos dias mais importantes da minha vida. Mesmo hoje, quando vou a Lisboa, ao estádio, os adeptos gostam de me ver e manifestar-me carinho", afirmou.