Em dia de sorteio da fase de grupos do Campeonato do Mundo, que terá lugar no Centro de Exposições e Convenções de Doha, a sede da FIFA, em Zurique, foi alvo de uma ação de protesto levada a cabo por Volker-Johannes Trieb.
O artista alemão esvaziou 6.500 bolas, encheu-as com areia e despejou-as à porta das instalações do organismo que rege o futebol mundial, em forma de protesto contra o mesmo número de trabalhadores que morreram durante a construção de estádios, no Qatar.
"A Amnistia Internacional fala, agora, de mais de 15 mil vítimas. Este é um número enorme que, à primeira vista, parece quase inacreditável", lamentou o autor desta ação, natural de Osnabruck, em entrevista concedida ao portal alemão 11Freunde.
"Estas pessoas não caíram todas das coberturas. Morreram de várias maneiras. Algumas sofreram, simplesmente, ferimentos pelos quais nunca teriam morrido na Alemanha. Infelizmente, os cuidados médicos para trabalhadores migrantes no Qatar é tão catastrófico que não tiveram chances".
Volker-Johannes Trieb explicou, ainda, a mensagem inscrita em cada uma das bolas, onde se pode ler "Consciência do mundo, são uma mancha de vergonha": "A citação vem da obra de Truus Menger-Oversteegen, um pintor, escultor e lutador da resistência neerlandês, que lutou contra a ocupação Nazi".
️ "Conscience of the world, you are a stain of shame."
— DW Sports (@dw_sports) April 1, 2022
German artist Volker-Johannes Trieb organized this protest of the #WorldCup2022 in Qatar, placing 6,500 deflated footballs with this phrase in front of FIFA headquarters in Zurich.#WorldCupDraw pic.twitter.com/ky7F3vyIOs
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