O FC Porto venceu o Benfica neste sábado por 1-0 e é o novo campeão nacional. Os dragões precisavam apenas de um ponto para assegurarem o título e conseguiram-no na Luz.
O marcador piscou primeiro para as águias. Darwin marcou na segunda parte, mas o VAR foi acionado, detetou um fora-de-jogo de dois centímetros, e cortou aí os festejos. Já em cima do apito final, Zaidu fechou o resultado e a história deste campeonato com um golo.
Com esta vitória, o FC Porto conquista o título de campeão nacional duas épocas depois do último. Chega aos 88 pontos, mais sete que o Sporting, pontuação essa já impossível de igualar. O Benfica segue no terceiro lugar da tabela, agora com 71 pontos.
Filme do jogo
Não se adie mais. Desta fica decidido. O FC Porto é o novo campeão nacional. Os dragões conseguiram-no num palco já conhecido e 'imitaram' a desta de 2011.
Apesar de conquistado o título, importa dissecar este resultado na Luz. Não terá sido o jogo de maior caudal ofensivo do FC Porto, apesar da necessidade de assegurar um resultado que não fosse a derrota.
Desde cedo, a iniciativa ofensiva foi, na maioria das vezes, das águias. Com Gonçalo Ramos, Darwin e, a surpresa, Valentino Lazaro, os encarnados tentaram chegar com perigo à baliza de Diogo Costa. Aos oito minutos de jogo, Gonçalo Ramos tentou um remate à bicicleta, mostrando coragem e à vontade na partida.
Mesmo sem qualquer objetivo competitivo em jogo, o Benfica entrou na partida bastante atrevido e foi jogando o seu jogo ao som dos incentivos das bancadas. Perto do quarto de hora, essas bancadas começaram a tremer de ansiedade.
Os dragões chegaram à baliza de Vlachodimos por duas vezes seguidas com perigo, a primeira por Taremi e a segunda por Evanilson. Contudo, sem acerto na finalização. Três minutos depois, foi a vez de Valentino Lazaro. O austríaco apanhou uma segunda bola vinda de uma defesa de Diogo Costa e, de cara para a baliza, atirou bastante por cima. Os nervos na Luz eram cada vez maiores.
Com o jogo a aquecer nas bancadas a cada minuto que passava, dentro do relvado não faltava calor. Entre várias faltas, a de Grujic sobre Lazaro, ainda no meio campo encarnado, foi a que levou a maior contestação. Do banco das águias, levantou-se uma multidão que não se contentou com um cartão amarelo mostrado por Luís Godinho.
Para os dragões, estes momentos eram preciosos. Com o quebrar de ritmo e o controlo sobre a intensidade do adversário, os azuis e brancos iam conseguindo o ponto que lhes faltava. Nunca prescindindo da sua ideia de jogo, mas sim jogando a um ritmo mais lento que o normal, foi assim que o FC Porto foi tomando contra do recado.
Na segunda parte, a atitude dos dragões parecia outra. Logo nos primeiros segundos, Otávio testou Vlachodimos, que defendeu para canto. A bola manteve-se no meio campo encarnado por alguns minutos e as intenções dos azuis e brancos pareciam efetivamente outras.
O Benfica não se deixou ficar e também mostrou vontade de desfazer o nulo. Darwin era o alvo das bolas longas, algumas mal lançadas e outras bem controladas por Pepe e Mbemba. Já diz o ditado: tanta vez foi o cântaro à fonte que... deu golo.
Darwin recebeu uma bola perfeita em zona perigosa e não deu chances a Diogo Costa. O Estádio da Luz foi ao rubro com o golo do uruguaio que complicava a vida ao rival e garantia a vantagem no Clássico. Tudo correu bem até Luís Godinho dar ouvidos ao VAR. Por dois centímetros, o golo dos encarnados não valeu.
Com esse golo, o dragão 'amansou'. A iniciativa voltou a ser do Benfica que, guiado pelo ataque que construiu com sucesso, foi em busca de mais. Aos dragões, só interessa abrandar o jogo, acalmar o adversário e caminhar a passos largos para a festa.
A chegar aos últimos 10 minutos de jogo, novo escaldão na Luz. Houve chuva de vermelhos nos bancos e alguma confusão entre jogadores. Luís Godinho tentou sanar os ânimos, mas o calor do Clássico estava insuportável.
Quando a placa subiu com os minutos de compensação, o banco dos dragões começou a levantar-se, a equipa começou a acreditar mais e o sabor a título começou a apurar-se. Foi nesse momento que se fez o golo. João Mário correu o campo todo e serviu Zaidu para o golo que fechou as contas do título. A bancada que estava pintada de azul e branco foi ao delírio.
Depois de 3 de abril de 2011, o FC Porto voltou a fazer a festa do título no Estádio da Luz. Apesar de assegurada a conquista da I Liga, o troféu só será erguido na próxima jornada.
Momento do jogo: Golo do FC Porto. Foi o momento alto de um jogo que caminhava para uma divisão de pontos.
Pré-jogo
17h56: Equipas entram agora no relvado do Estádio da Luz. Nas bancadas, canta-se o hino do Benfica. O Clássico está perto de começar.
17h46: A equipa do Benfica já recolheu aos balneários. No relvado, ficaram ainda os jogadores do FC Porto para uns últimos exercícios físicos.
17h42: As equipas são agora anunciadas pelo 'speaker' do Estádio da Luz. Especial destaque para duas enormes ovações, a primeira para Darwin, ele que, garantiu Sérgio Conceição, não deverá ser o único foco de atenção da defesa azul e branca, e para Otamendi, capitão das águias e antigo jogador do FC Porto.
17h31: Nos camarotes do Estádio da Luz, vão estar presentes antigas glórias do clube. O Benfica divulgou a lista de convidados, na qual estão, por exemplo, Toni, Valdo, Simão Sabrosa, Veloso, Carlos Manuel, Pedro Mantorras, Abel Xavier e Dimas.
17h27: Cenário antagónico com os jogadores do FC Porto. Apesar do apoio dos adeptos azuis e brancos nas bancadas, ouviu-se uma assobiadela ensurdecedora nas bancadas da Luz.
17h27: Entraram agora em campo para aquecimento os jogadores do Benfica. O momento foi acompanhado por uma forte saudação.
17h21: Os guarda-redes de ambas as equipas já estão a aquecer.
17h20: Antes do Clássico que poderá decidir o título nacional, este é o ambiente que se faz sentir nas imediações do Estádio da Luz.
17h15: Em relação aos últimos onzes, Sérgio Conceição trocou apenas Fábio Vieira por João Mário, mudando Pepê para a frente de ataque. Já Nélson Veríssimo tirou André Almeida, Paulo Bernardo, João Mário e Sandro Cruz, o último saiu ainda da convocatória, para jogar com Gilberto, Grimaldo, Taarabt e, a grande surpresa das escolhas, Lazaro. Da lista de convocados, Everton é quem fica de fora.
17h14: Este é um jogo de extrema importância, especialmente para o FC Porto. Os dragões têm a possibilidade de serem campeões no Estádio da Luz, visto que lhes falta apenas um ponto para assegurarem a conquista do título da I Liga.
17h13: Boa tarde. Benfica e FC Porto jogam neste sábado a 33.ª jornada da I Liga. Este será ainda o último Clássico da temporada 2021/22.
Onzes iniciais
Benfica: Odysseas, Gilberto, Otamendi, Vertonghen, Grimaldo; Weigl, Taarabt, Valentino, Gil Dias, Gonçalo Ramos; Darwin.
Suplentes: Helton Leite, Morato, André Almeida, Meité, Paulo Bernardo, João Mário, Tiago Gouveia, Yaremchuk e Seferovic.
FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Mbemba, Pepe, Zaidu; Grujic, Otávio, Vitinha; Pepê, Taremi, Evanilson.
Suplentes: Marchesín, Fábio Cardoso, Wendell, Bruno Costa, Eustáquio, Fábio Vieira, Francisco Conceição, Galeno e Toni Martínez.
Antevisão
Benfica e FC Porto vão, neste sábado, medir forças pela última vez nesta época. A partida, a contar para a 33.ª e penúltima jornada da I Liga, poderá terminar com um novo campeão nacional.
Aos dragões, até um empate daria jeito nas contas do campeonato. Tudo o que resta aos azuis e brancos é um ponto. Só dessa forma afastará a hipótese de haver igualdade pontual na último jornada com o Sporting. Ao Benfica, não resta nenhum objetivo parecido, mas sim um dos grandes.
Jogando em casa, as águias terão à sua volta uma multidão de adeptos que esperam não sair desapontados do Estádio da Luz. A necessidade de uma vitória para controlar os ânimos das bancadas, aliada à necessidade de pontos do FC Porto, torna este Clássico numa das melhores despedidas que a I Liga de 2021/22 poderia ter.
O Benfica-FC Porto tem início às 18h deste sábado, no Estádio da Luz, e vai poder acompanhar a par e passo todas as incidências dessa partida aqui no Desporto ao Minuto.