Há tardes para nunca mais esquecer e a desta quarta-feira é uma delas. Os leões vão guardar no livro de recordações o triunfo que somaram na casa do Frankfurt, por 3-0, na jornada inaugural da presente edição da Liga dos Campeões.
O Eintracht sucumbiu diante de um Sporting que, na primeira parte, apenas incomodou num lance de genialidade de Marcus Edwards. Sempre mais afoito, e em grande parte por culpa dos sucessivos passes falhados dos pupilos de Amorim, o vigente campeão da Liga Europa acabou por não ter nervos de aço para, na hora da verdade, sentenciar diante da baliza de Adán.
A sentença acabou por surgir na área contrária, onde os leões, primeiro por Marcus Edwards e depois por Trincão, tudo no espaço de dois minutos, acabaram por efetuar um par de golos. O britânico marcou e assistiu para, na reta final, e depois de uma excelente jogada de Porro, Nuno Santos aplicar a estocada final.
Vamos então aos destaques desta partida:
Figura
Marcus Edwards foi o quebra-cabeças do Eintracht. Um diabo à solta que criou a melhor ocasião de golo na primeira parte, carburou o primeiro remate certeiro no marcador, efetuando posteriormente uma jogada sublime que resulta no golo de Trincão.
Surpresa
Mais um jogo formidável do espalha-brasas Pedro Porro. Esteve na origem do passe extraordinário para o golo de Nuno Santos, contando ainda com outros passes para finalização. Sempre bastante ofensivo, como é seu apanágio, com vários cruzamentos perigosos, sendo um mestre na recuperação da posse e dos vários desarmes efetuados.
Desilusão
Exibição calamitosa de Mario Götze. O internacional alemão, que esteve na rota do Benfica no último mercado de verão, teve uma tarde em que pouco se viu, e pouco desequilibrou. Pedia-se mais a um dos médios com maior qualidade no plantel do Frankfurt, porém das chuteiras de Gotze nem ‘fogo, nem faísca’.
Treinadores
Oliver Glasner podia ter ido para o balneário, ao intervalo, a sorrir com outro resultado, mas os seus jogadores não tiveram arte nem engenho para aproveitar os erros cometidos, quiçá até podemos dizer ‘borlas’, cometidos pelo Sporting. Na etapa complementar, as substituições pouco acrescentaram e o Frankfurt teve mesmo uma estreia na Champions para esquecer.
Rúben Amorim recebe a nota máxima. Se até ao intervalo o leão procurou apenas ter o domínio territorial da partida, já na etapa complementar a estratégia do técnico verde e branco funcionou em cheio. A versatilidade dos três homens em frente acabou por dar origem a dois dos três primeiros golos leoninos.
Árbitro da partida
Boa arbitragem de Orel Grinfeld. O árbitro israelita deixou jogar e apenas apitou em faltas de maior envergadura. Bem no critério disciplinar e em reverter o lance da grande penalidade, na etapa inicial, a favor dos leões.
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