Análise: A primeira parte foi competentíssima. Não perfeita, mas muito competente a nível coletivo. Talvez dos jogos mais seguros da equipa portuguesa, com controlo total do jogo. Já fez muitos jogos assim, mas, neste, teve muito controlo em muitos aspetos e em todos os momentos do jogo, com exceção das bolas paradas defensivas, em que, nos cantos, voltámos a ter perdas de foco necessárias. Tínhamos trabalhado muito esse aspeto, porque era um aspeto onde sempre fomos fortes, mas onde não temos estado tão bem. Acontece, é continuar a trabalhar e retificar. Esta é uma equipa forte. Depois da primeira parte, até parece que não, mas entraram muito fortes, até criaram uma situação de perigo.
É uma equipa muito possante, que empurra muito, com muitos jogadores. Mas os jogadores tiveram altíssima qualidade em todos os níveis. A partir do terceiro golo, o jogo abrandou um bocado, é normal. Os treinadores não querem que seja assim, mas é legítimo. Temos de continuar com o foco. A única coisa que temos de melhorar é isso, porque, na segunda parte, perdemos o foco. Continuámos à procura do golo, mas de forma muito rápida, com tudo muito à pressa.
Tentei refrescar também e fazer alguma gestão dos cartões amarelos, o que é normal, e o jogo correu um bocadinho aos solavancos. De tal maneira que até a mim me aconteceu. Quando fiz a substituição do João Mário, era para ser o Rúben Neves, para o poupar um bocado. De repente, o Danilo fez sinal que tinha um toquezito, tinha-o ao pé de mim e nem me lembrei de nada. Já pedi desculpa ao Tiago Djaló. Era ele que devia ter entrado. Tenho absoluta confiança no Djaló.
Mário Rui foi surpresa: Para este jogo, para este tipo de adversário, achei que cumpria na perfeição. Não podemos estar a sempre dizer que temos jogadores de muita qualidade, e, quando chega o jogo, se entra o jogador A parece que é uma coisa... Não sei se estamos todos atentos ao que os jogadores fazem. Eu estou. É como o Djaló, que é titular indiscutível no Lille.