O Sporting 'afogou as mágoas' da derrota sofrida no Bessa, diante do Boavista, por 1-2, e regressou, esta sexta-feira, às vitórias, ao receber e bater o Gil Vicente, por 3-1, na partida de abertura da oitava jornada do principal escalão do futebol português.
Os leões assinaram uma exibição 'mandona', contra um conjunto gilista demasiado 'tímido', e partem, desta maneira, com a confiança em alta para o Vélodrome, onde irão defrontar o Marseille, na terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Paulinho deu o primeiro 'sinal de aviso', aos 11 minutos, quando marcou, tendo o lance sido invalidado por posição irregular. No entanto, à segunda foi mesmo de vez, e, assistido por Nuno Santos, Hidemasa Morita foi ao chão desviar, para o golo que desfez o nulo.
O internacional japonês estava 'on fire' e, apenas seis minutos, voltou a dizer presente, com um brilhante passe para Pedro Gonçalves, que 'bailou', tirou Lucas Cunha da frente e atirou para o fundo das redes à guarda de Andrew.
Pelo meio, o conjunto orientado por Ivo Vieira procurou responder, mas, quer Fran Navarro, quer Murilo, embateram numa 'muralha' de nome Antonio Adán, que, após ser alvo de tantas críticas, respondeu à altura e foi segurando a vantagem.
Mas, quem não marca, arrisca-se a sofrer, e, aos 82 minutos, Rochinha (que tinha entrado para o lugar de Paulinho, apenas quatro minutos antes) recebeu um passe de Ricardo Esgaio e atirou a contar. O golo de honra pertenceu a Fran Navarro, já nos descontos.
Com este triunfo, o Sporting passa a somar 13 pontos e ascende, provisoriamente, à sétima posição da I Liga, deixando para trás o Estoril, que ainda vai visitar o Desportivo de Chaves. Já o Gil Vicente, é décimo classificado, com nove pontos.
Figura
Hidemasa Morita reforçou, esta sexta-feira, ainda mais a candidatura à titularidade no meio-campo do Sporting. Figura ‘omnipresente’ no meio-campo do Sporting, o internacional japonês foi ao relvado desfazer o nulo, aos 16 minutos. No entanto, não se deu por satisfeito, e, aos 22, assistiu para o golo de Pedro Gonçalves, com um fantástico passe de calcanhar.
Surpresa
Exibição ‘certinha’ de José Marsà. Naquela que foi a estreia a titular de leão ao peito, o jovem defesa-central formado no Barcelona mostrou-se competente a defende e confortável com bola, entregando-a (quase) sempre de forma irrepreensível aos companheiros de equipa, e, assim, ‘pedindo’ mais minutos.
Desilusão
O lado direito da defesa do Gil Vicente mostrou-se uma autêntica ‘autoestrada’, naquela que foi uma noite para esquecer de Danilo Veiga. Pedro Gonçalves e, principalmente, Nuno Santos fizeram o que quiseram do luso-brasileiro, que acabou por ficar diretamente ligado ao resultado.
Treinadores
Rúben Amorim: O Sporting demonstrou algumas dificuldades iniciais em contornar a organização do Gil Vicente. Começou por tentar o jogo direto, mas, ao ver que não funcionava, testou novas dinâmicas, e os golos foram-se sucedendo, pelo que o triunfo não merece qualquer tipo de contestação.
Ivo Vieira: O Gil Vicente preocupou-se, em primeiro lugar, em não sofrer. Uma estratégia que durou… 16 minutos. Ao ver-se em desvantagem, os gilistas pouco fizeram para justificar outro desfecho que não a derrota, tirando um ou outro lance nascido de desatenções defensivas do Sporting. Ao intervalo, desfez a linha de cinco defesas e os visitantes foram ligeiramente mais perigosos, mas era já tarde para evitar este desfecho.
Árbitro
Tiago Martins fez o que se pede a um árbitro e foi uma das personagens menos 'visíveis' em campo. O juiz da Associação de Futebol de Lisboa procurou deixar jogar, de tal maneira que, ao intervalo, tinha assinalado apenas... cinco faltas, o que resultou numa partida sem grandes interrupções. Disciplinarmente, mostrou-se, também discreto, menos com protestos de jogadores como Nuno Santos ou Pedro Gonçalves, que foram 'amarelados'.
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