"Pretendemos fazer um campeonato mais estável, mas sei que isso é quase impossível. Há alternância de resultados, mesmo nos clubes que estão no topo da tabela. Queremos fazer o melhor possível, que seria entrar na Taça Libertadores. Era fantástico", apontou.
O técnico falou aos jornalistas no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, horas antes de viajar para o Brasil, onde espera ver uma prova "ainda mais competitiva" pela subida de "quatro clubes de grande dimensão", como Cruzeiro, Vasco da Gama, Grêmio e Bahia.
Em 2022, o Botafogo ficou no 11.º lugar, com 53 pontos, reunindo vários brasileiros com passagens prévias por Portugal, como Marçal, Philipe Sampaio, Carlos Eduardo, Danilo Barbosa, Gabriel, Lucas Fernandes, Lucas Piazón, Gustavo Sauer ou Tiquinho Soares.
"Estabilizámos o plantel nos últimos três meses de campeonato e esperamos agora fazer um 'upgrade' para partirmos para esta temporada ainda mais fortes do que terminámos a última. É o nosso objetivo. O mercado é global e olhamos para todo o mundo a nível de atletas que nos possam servir. Portugal claramente também está nesse universo", frisou.
Luís Castro vai contribuir agora para um recorde de sete técnicos lusos na mesma edição do 'Brasileirão', fazendo companhia aos estreantes Renato Paiva (Bahia), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino) e Ivo Vieira (Cuiabá), além de Vítor Pereira (Flamengo) e António Oliveira (Coritiba), que trocaram de clube, e do atual campeão Abel Ferreira (Palmeiras).
"Por norma, não diferencio brasileiros, portugueses, japoneses ou ingleses. Treinador é treinador. Os portugueses são apetecíveis, têm bons resultados e transportam coragem, organização e uma metodologia interessante, que é apreciada pelo mundo inteiro e no Brasil. Somos mais uns dentro de muitos, mas, neste caso, somos bastantes", observou.
Destacando Palmeiras e Flamengo como favoritos à conquista do título, o técnico, de 61 anos, mostrou-se "muito dedicado" ao Botafogo, que se qualificou para a fase de grupos da Taça Sul-americana em plena temporada de regresso ao principal escalão brasileiro.
"O volume de jogos adensa-se e o tempo de treino diminui. Será uma época totalmente diferente da passada e a equipa vai estar sujeita a muito mais stress competitivo. Passei por isso há muito pouco tempo no Shakhtar Donetsk, porque tivemos de jogar Liga dos Campeões, Liga Europa, campeonato e Taça da Ucrânia de forma muito densa. É algo que já estamos habituados", recordou Luís Castro, aludindo ao período de 2019 a 2021.
O Botafogo, que foi campeão brasileiro em 1968 e 1995 e disputou a Taça Libertadores pela última vez há seis anos, 'caiu' ainda nos oitavos de final da última edição da Taça do Brasil, totalizando 17 vitórias, oito empates e 16 derrotas, em 41 duelos com Luís Castro.
Com experiências no comando de Penafiel, FC Porto, Rio Ave, Desportivo de Chaves ou Vitória de Guimarães na I Liga portuguesa, o treinador vila-realense inicia a época 2023 com uma receção ao Audax Rio, em 14 de janeiro, na abertura do campeonato do Rio de Janeiro.