"Todo um setor a entoar cânticos antissemitas, um adepto na bancada com 'Hitlerson' escrito na camisola e número 88 (utilizado pelos movimentos neonazis com o significado de 'Heil Hitler') e nós, como sempre, os únicos a se indignar e protestar", escreveu no Twitter Ruth Dureghello, presidente da comunidade judaica de Roma.
"Será possível que todo o mundo continue a agir como se nada fosse?", acrescenta a dirigente, que acompanha a mensagem com uma fotografia e vídeos.
As denúncias acontecem 12 dias depois de a federação italiana de futebol ter anunciado a abertura de um inquérito por alegadas palavras antissemitas entoadas pelos adeptos da Lazio aquando do jogo contra o Nápoles, em 03 de março.
Em janeiro, a curva norte do Estádio Olímpico, que agrupa os 'ultras' do clube 'biancoceleste', foi fechada por um jogo, depois de gritos racistas aquando de uma deslocação a Lecce, dirigidos contra os jogadores Samuel Umtiti e Lameck Banda.
Nos últimos anos, os 'ultras' da Lazio têm regularmente mostrado comportamentos racistas ou antissemitas.
Em 2017, apresentaram uma imagem de Anne Frank (jovem judia morta na II Guerra Mundial e autora do diário "O Diário de Anne Frank")envergando uma camisola da rival AS Roma.
O ministro italiano dos Desportos, Andrea Abodi, 'retweetou' a mensagem de indignação da comunidade judaica e comentou: "Impossível fazer de conta que nada se passa. Farei a minha parte, como sinto o dever de fazer. O Respeito é um valor adquirido e não negociável".
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