As notas do Benfica-Inter: Sem andamento para travar o 'furacão Barella'

Águias de Roger Schmidt voltaram a ser derrotas em casa e ficam mais longe de conseguir agarrar uma vaga nas meias-finais da Liga dos Campeões. Italianos foram mais fortes e apareceram na Luz com a lição bem estudada.

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Francisco Amaral Santos
12/04/2023 07:20 ‧ 12/04/2023 por Francisco Amaral Santos

Desporto

Análise

Diz a sabedoria pouplar que um mal nunca vem só. Pois bem, tal parece ajustar-se ao atual momento do Benfica. Apenas três dias após a derrota frente ao FC Porto, no Clássico que 'emagreceu' a vantagem pontual na liderança do campeonato, as águias viram o sonho de chegar às meias-finais da Liga dos Campeões complicar-se (e muito) com uma nova derrota, desta feita diante dos italianos do Inter (0-2). 

O resultado acabou por ser pesado, tendo em conta aquilo que aconteceu na noite de terça-feira na Luz, mas a verdade é que o Benfica voltou a apresentar-se vários furos abaixo do nível demonstrado ao longo da temporada. A falta de golos é apenas mais um sintoma. 

A missão de Roger Schmidt passa, agora, por não perder mais pontos no campeonato, ao mesmo tempo que precisa de montar uma estratégia bem mais eficaz para a visita a Milão, agendada já para a próxima quarta-feira. A missão de dar a volta a esta eliminatória não pode ser classificada como impossível, mas obriga a outra atitude em campo e, mais importante que tudo, a marcar... golos. 

Mas, antes disso, vamos aos protagonistas da noite de ontem num jogo cujos golos foram apontados por Barella (51') e Lukaku (82'). 

A figura

Nico Barella não engana. É craque e um dos motores deste Inter que, sim, está muito abaixo do estauto que tinha há não muito tempo. Barella joga e faz jogar. Foi uma dor de cabeça constante para Grimaldo e na segunda parte conseguiu abrir o marcador de cabeça. Tem classe para dar e vender. 

A surpresa

No meio da tamanha confusão em que se transformou o jogo do Benfica, Chiquinho foi dos poucos a conseguir manter o nível habitual, ainda que tenha acusado mais dificuldades defensivas do que o habitual. Foi dando fluidez ao meio-campo das águias e ainda assinou um par de pormenores que arrancaram aplausos nas bancadas. 

A desilusão 

A ausência de Alexander Bah fazia antever a titularidade de Gilberto, mas o lateral brasileiro ficou longe de ser uma unidade positiva no jogo do Benfica. Revelou problemas a defender o seu corredor e foi sempre pouco eficaz na hora de atacar. Gilberto até conseguiu 'sacar' alguns cruzamentos, mas poucos ou nenhum levou real perigo para junto da baliza de Onana. 

Os treinadores

Roger Schmidt mexeu apenas naquilo que foi obrigado quando temos por base o onze que alinhou ontem na Luz. Morato ocupou a vaga do castigado Otamendi e Gilberto tomou o lugar do lesionado Bah. O Benfica até entrou bem, mas depressa se percebeu que o Inter seria capaz de causar problemas. Schmidt também pecou na hora de operar alterações no decorrer da partida. Apenas fez entrar David Neres, aos 65’, talvez por considerar não ter as garantias suficientes no banco de suplentes. Passa pelo pior momento da sua estadia na Luz, curiosamente pouco depois de ter renovado contrato. Duas derrotas consecutivas, e ambas em casa, são um peso para qualquer treinador. 

Simone Inzaghi, por seu lado, ganhou um balão de oxigénio depois de seis jogos consecutivos sem conhecer o sabor da vitória. O Inter acabou por vencer bem, uma vez que soube anular os pontos mais fortes do Benfica. Defensivamente soube tapar os caminhos e saiu de Portugal novamente a sorrir. E sim, com alguma sorte à mistura, é preciso dizê-lo. 

O árbitro 

O inglês Michael Oliver nem sempre manteve um critério uniforme para as duas equipas. Depressa mostrou um cartão amarelo aos jogadores encarnados, mas com os italianos pareceu mais compreensivo. No lance da grande penalidade, vislumbrada pelo VAR, acabou por tomar a decisão certa, uma vez que João Mário tinha, de facto, o braço muito levantado. 

Leia Também: "Benfica esmagado". Imprensa italiana fala em "brilharete" do Inter

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