Domingos Paciência concedeu, esta sexta-feira, uma entrevista ao programa televisivo 'Hora dos Craques', transmitido pelo Porto Canal, na qual falou sobre a possibilidade que teve de orientar o FC Porto em 2010.
Tudo aconteceu após uma boa época que o técnico fez ao serviço do Sporting de Braga. Na altura, Domingos Paciência revelou que chegou a ter conversas com Antero Henrique e Pinto da Costa, mas André Villas-Boas acabou por ser o escolhido.
"Fiz um bom primeiro ano, com um segundo lugar. E, na altura, pensava que vinha para o FC Porto, sempre tive esse sonho. Falei com o Antero [Henrique], disse-me que estava à procura de um treinador com mais experiência internacional e acabou por vir o André Villas-Boas, enquanto eu fiquei em Braga, tinha mais um ano de contrato", começou por dizer o técnico português.
"Em 2011, sentia que ia ser difícil fazer uma época igual, o campeonato já não nos correu tão bem, mas chegámos à final da Liga Europa, fizemos um percurso internacional memorável, 19 jogos desde a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Isso deu-me estatuto internacional e eu, mais uma vez, pensei que ia ter essa oportunidade", prosseguiu, recordando nova conversa com Pinto da Costa para assumir o FC Porto, numa altura em que trocou o clube minhoto por uma ida para o Sporting.
"Num aniversário, o presidente veio ter comigo e disse-me: 'Não sei se vais ou não para o Sporting, mas gostava que ficasses mais um ano em Braga, depois no ano seguinte poderias ser treinador do FC Porto.' Disse-lhe que adorava ficar mais um ano em Braga, mas que não ia conseguir fazer melhor do que tinha feito. Na semana seguinte, o André foi embora, mas eu já tinha dado a palavra ao Sporting, tinha tudo certo", vincou Domingos Paciência.
O treinador, de 54 anos, falou ainda sobre a experiência menos positiva no comando técnico do Sporting.
"O projeto do Sporting tinha uma boa visão. Foi com o Carlos Freitas. Era uma renovação completa do plantel, entraram 16 jogadores nesse ano, bons jogadores, e o projeto era para ser campeão em dois anos. Acreditei que seria possível ser eu a alterar o percurso do Sporting e foi essa a minha decisão. Pela primeira vez fui para um grande que não o FC Porto, mas não o troquei, nunca troquei o FC Porto por nada. Sempre que o FC Porto mostrou desejo por mim, quer como jogador, quer como treinador da equipa B, estive lá. O projeto no Sporting era para dois anos, mas passou para três meses. A equipa estava muito bem e quando fomos jogar à Luz, se ganhássemos passávamos para a frente, e o presidente disse numa entrevista que íamos ser campeões. Como é possível um projeto de dois anos passar para três meses?", questionou o técnico português.
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