Jacob Mellis chegou a ser apontado como uma das grandes promessas das camadas jovens do Chelsea, ao ponto de, em 2010, se ter estreado pela equipa principal, pela mão de Carlo Ancelotti, com apenas 18 anos, na Liga dos Campeões, no triunfo sobre o MSK Zilina, por 2-1.
No entanto, no espaço de 13 anos, tudo mudou. Após abandonar os blues, em 2012, somou passagens por clubes como Barnsley, Bury ou, finalmente, Leatherhead, até que, 2022, optou por colocar ponto final na carreira, fruto de uma série problemas físicos, aos quais se juntaram diversas más decisões no plano particular.
Esta segunda-feira, numa extensa entrevista concedida ao jornal britânico Daily Mail, o ex-jogador confessou que é sem-abrigo, limitando-se a viver das boas graças dos amigos que fez ao longo da vida: "Passo cada dia apenas a pensar para onde ir, na verdade".
"Tenho família, mas não quero mesmo depender deles. Quero tentar fazer coisas por mim mesmo. Tem sido difícil. Tento não pensar muito nisso. Tento apenas seguir em frente. Eles só querem o melhor para mim. Tentam ajudar-me o máximo possível", começou por afirmar.
"Ao longo da minha carreira, a bebida tem-me causado problemas. Quando bebes, não controlas aquilo que fazes. Afeta os treinos, os treinadores não ficam satisfeitos... Lembro-me de, uma vez, aparecer bêbado num treino. Tinha uns 19 anos", prosseguiu.
"David Luiz não falava muito bem inglês, mas, quando aquecíamos, perguntava-me 'Hey, estiveste a beber?'. Dizia-me para parar com aquilo. Dermot Drummy [então responsável pela academia dos londrinos] deu-me um mentor, Ashley Cole, para me impedir de sair", completou.
No entanto, nada disso funcionou: "Na altura, eu era convencido, arrogante. Sentia que devia estar a jogar. Sinto que é algo de positivo, se for canalizado da maneira certa, mas não me parece que eu o tenha canalizado da maneira certa".
"Se eu não era chamado ou me sentia frustrado, limitava-me a sair, a beber. Não estás a dar cabo do Chelsea, estás a dar cabo de ti próprio", rematou.
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