A temporada 2022/23 já terminou para todos os clubes portugueses. Ainda que se esteja em período de férias, os clubes portugueses já trabalham nos bastidores à procura de 'arrumar' a casa para o próximo ano.
O FC Porto é um dos clubes que já se vê a braços com a preparação da nova época e prova disso foi a saída já confirmada de Matheus Uribe para o futebol do Médio Oriente, médio que abandonou a Invicta ao final de quatro época de dragão ao peito.
Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Carlos Chaínho, antigo médio dos portistas, destaca a dificuldade que o FC Porto pode ter para fazer esquecer o colombiano. Ainda assim, o ex-jogador, de 48 anos, sublinha que há nomes dentro do plantel que podem sobressair com o adeus do cafetero.
"Há uma premissa que ninguém é insubstituível, apenas os clubes. São atletas importantes. O Uribe é um jogador notável, dos melhores médios que passou no futebol português. Domina uma área que é difícil chegar lá, é preciso ser-se muito bom. É uma posição que é difícil para encontrar jogadores com esse potencial, é onde nasce a missão dos clubes", ressalvou o ex-médio.
"Ele foi um profissional exímio, mas quando aparece uma oferta muito grande é difícil dizer que não. Deu tudo até ao último minuto, como se viu na final da Taça. Dentro do clube pode haver jogadores que vão emergir. O Grujic vai ter mais espaço, o Eustáquio também e há miúdos da equipa B que podem aparecer. Às vezes tem de sair um para os outros surgirem. De certeza que o FC Porto está no mercado à procura de um jogador semelhante. O Uribe vai deixar saudades durante algum tempo, mas pode aparecer outro que meta isso a andar", finalizou Chaínho.
Com o mercado de verão à porta, o ex-jogador não tem dúvidas de que o FC Porto precisa de investir em alguns reforços para melhorar o plantel tendo em vista a nova temporada e a possível conquista do título de campeão nacional.
"O amor acima de tudo é fundamental, mas há outras coisas que fazem a diferença, como o profissionalismo e a capacidade de ser treinador e de saber gerir. O futebol são os objetivos e as conquistas e isso o Sérgio tem. Em relação ao investimento, ele foi feito. Há jogadores que foram comprados, há uns que demoram mais tempo a emergir. Para o ano acredito que teremos três ou quatro elementos que poderão surgir, faz parte. Tudo depende do que se passa em casa", destacou, não prevendo, porém, grandes investimentos.
"Os clubes não têm dinheiro. As grandes potencias conseguem ir buscar jogadores por 60 ou 70 milhões de euros e nós não. Em Portugal temos essa grande dificuldade. Não tenho visto problemas entre o Sérgio e o presidente. As coisas estão num bom caminho. Mas agora vão ter de se sentar à mesa, ver qual é o melhor projeto, o que podem ou não comprar. Infelizmente há jogadores que estão a sair porque em Portugal não há capacidade para manter um jogador como o Uribe ou como o Grimaldo. Quando aparece uma equipa de fora a dar muito dinheiro... É um problema muito comum nesta equipa. O FC Porto não pode ficar um ano sem ganhar o título, de certeza que para o ano vão tentar fazê-lo. Há alguma lacunas a melhorar", vincou.
Recorde-se que Pinto da Costa, presidente do FC Porto, já tinha assegurado no domingo, após a conquista da Taça de Portugal, que Uribe ia deixar o clube da cidade Invicta, revelando que o médio tinha à espera "um contrato fabuloso na Arábia Saudita" e com "números que o futebol português não comporta".
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