Celton Biai cumpre uma temporada muito especial a nível individual, na qual no espaço de poucas semanas se estreou na I Liga portuguesa de futebol, em estágios da seleção principal de Portugal e agora se prepara para participar no Europeu de sub-21, cuja 24.ª edição se realiza na Geórgia e Roménia, entre 21 de junho e 08 de julho.
Num cenário idílico, o guarda-redes pode juntar a esses marcos um título europeu sub-21 na mesma época, algo que o motiva, mas não o faz perder o foco.
"Dizendo as coisas assim, acho que sim [que seria uma época ao alcance de poucos futebolistas], mas agora o foco está no Europeu. A época ainda não acabou para mim e acho que o balanço da época é apenas fruto do meu trabalho," analisou.
Celton Biai elogiou também a competência existente nas opções para o posto específico que ocupa, referindo-se a Samuel Soares e Francisco Meixedo, que oferecem também todas as garantias à baliza nacional.
"Acho que a este nível sub-21, se formos olhar para todas as seleções, acho que todos estes jogadores, que trabalham a este nível como é o nosso caso, acho que sim, que traz muita segurança à equipa, como podemos ver pois fomos os escolhidos pelo treinador", constatou.
Apesar da forte concorrência que se espera pelo lugar de guarda-redes da seleção portuguesa de sub-21 de futebol, o jovem guardião assegurou não existir qualquer tipo de rivalidade numa disputa saudável e em prol do êxito da equipa.
"A luta aqui não é pela baliza. O foco dos três aqui -- falo aqui por mim, mas de certeza que é também o mesmo objetivo dos meus colegas -- é ajudar o grupo nesta competição", indicou.
O guarda-redes, que alinha no Vitória de Guimarães, que disputa a I Liga de futebol, mostrou-se contido no seu discurso, mas sem mostrar dúvidas sobre as intenções de Portugal para o Europeu, apontando à conquista da prova apesar de reconhecer a dificuldade da tarefa.
"É claro que o objetivo é sempre ganhar o Europeu, mas para isso precisamos de pensar jogo a jogo, o objetivo é esse. Jogo a jogo, vamos pensar em ir mais longe", propôs o guardião para que Portugal possa ultrapassar a forte concorrência que irá enfrentar pelo título europeu do escalão.
Celton Biai faz parte do lote de atletas mais experientes entre os eleitos do selecionador Rui Jorge para a equipa nacional sub-21 em função dos 10 jogos realizados pela equipa principal do Vitória de Guimarães, divididos pelas várias competições oficiais, na presente época, e, em especial, pelas 35 internacionalizações acumuladas nos vários escalões de formação.
Por conseguinte, não fica intranquilo com um momento tão importante, que poderá definir o próximo passo da sua carreira. "Pode ser uma ajuda, mas acho que irei pensar nisso apenas depois do Europeu", concluiu, minutos antes de se apresentar para novo treino.
A sessão de trabalho, a segunda desde o arranque da concentração da equipa nacional, contou com 22 dos 24 convocados - David da Costa, que constava da convocatória inicial, de 25 jogadores, contraiu uma lesão que o impede de estar no Europeu e já não faz parte das contas.
Os ausentes do treino matinal foram Francisco Conceição, que efetuou tratamento a uma pequena lesão que contraiu ainda ao serviço do seu clube, o Ajax, e Fábio Vieira, autorizado a juntar-se ao estágio apenas na próxima quarta-feira.
A 24.ª edição do Campeonato da Europa de sub-21 vai ser disputada em três cidades da Geórgia e duas da Roménia, de 21 de junho a 08 de julho, com Portugal ainda em busca do seu primeiro êxito nesta categoria, após as derrotas nas finais de 1994, 2015 e 2021.
A equipa das 'quinas' cumprirá os três desafios do Grupo A na capital da Geórgia, Tbilisi, sempre às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), defrontando os anfitriões, que se estreiam na prova (21 de junho), os Países Baixos, campeões em 2006 e 2007, (24) e a Bélgica (27).
Portugal precisa de terminar numa das duas primeiras posições da 'poule' para aceder à fase seguinte do Europeu de sub-21, que reúne 16 finalistas pela segunda vez seguida e cuja decisão está prevista para 08 de julho, na Adjarabet Arena, em Batumi, na Geórgia.
Em disputa vão estar ainda três vagas para os Jogos Olímpicos de Paris2024, das quais se excluem a França, apurada automaticamente como anfitriã, e a Inglaterra, inelegível.