Após dois 'tropeções' consecutivos na I Liga, o Benfica voltou a sorrir, este domingo, ao derrotar o Sporting de Braga (0-1), na Pedreira. Os campeões nacionais vão assistir ao Clássico, entre Sporting e FC Porto, na liderança (provisória) do campeonato português.

O único golo do encontro na Pedreira apareceu num contra-ataque finalizado por Casper Tengstedt (3'), algo que viria a ser crucial para que Roger Schmidt e companhia afastassem os 'fantasmas' da Pedreira, onde não foram nada felizes na temporada passada, tanto na I Liga, como na Taça de Portugal.

Com entradas assim...

Artur Jorge e Roger Schmidt fizeram apenas uma alteração cada nos respetivos onze iniciais, por comparação aos jogos na Liga dos Campeões. De um lado, Álvaro Djaló recuperou de lesão e rendeu Pizzi. Do outro, António Silva - castigado na prova milionária - entrou para o lugar de Tomás Araújo. O início de jogo, esse, não poderia ter sido mais frenético.

Com apenas dois minutos de jogo decorridos, já Morato tinha visto o primeiro cartão amarelo da partida, mas todos estariam longe de imaginar que, a partir daquele lance, poderia nascer... o golo do Benfica. Após a cobrança da falta, Zalazar perdeu a bola em zona proibida, permitiu um contra-ataque rápido das águias e, a passe de Kokçu, Casper Tengstedt não se fez de 'fantasma' na hora de atirar para o fundo das redes, ao terceiro minuto da partida.

Esperava-se uma reação do Sporting de Braga, mas foram os adeptos do Benfica que voltaram a festejar, ainda que por escassos segundos. Rafa brilhou com uma 'chapelada' a Matheus (11'), mas foi 'apanhado' em fora de jogo pelo assistente. Aí sim, apareceu a reação, com Álvaro Djaló a testar as luvas de Trubin na jogada seguinte.

A verdade é que as melhores oportunidades da primeira parte pertenceram às águias, de tal forma que, a fechar o primeiro um quarto de hora, Ángel Di María atirou à barra e, em cima da meia hora de jogo, foi a vez de Otamendi desviar uma bola para um poste, num lance algo confuso a envolver o guardião dos arsenalistas. Perante tal cenário, Artur Jorge não perdeu tempo e resolveu lançar André Horta para o lugar de Zalazar.

O Benfica ia desperdiçando e, dessa forma, o Sporting de Braga ia mantendo sérias possibilidades de poder empatar a qualquer momento, tal como esteve perto de fazâ-lo aos 43 minutos, quando Ricardo Horta atirou à malha lateral. Até ao apito para o intervalo, Tengstedt ainda ameaçou o bis, mas a vantagem mínima manteve-se até ao tempo de descanso.

Arsenalistas superiorizaram-se, mas...

Figurando como a equipa mais concretizadora do campeonato, o conjunto bracarense terá entrado na segunda parte com uma estratégia idealizada desde o balneário para 'ferir' a solidez defensiva das águias. Ainda assim, João Mário teve nos pés a oportunidade de ampliar a vantagem do emblema da Luz, num contra-ataque aos 47 minutos, rematando de forma fraca para as mãos de Matheus.

O jogo passou a estar, aos poucos, nas mãos da equipa de Artur Jorge. É certo que Roger Schmidt trocou Tengstedt por Musa em cima da hora de jogo, mas o Benfica estava a ser cada vez mais 'empurrado' para a sua grande área, por força da vontade dos bracarenses em chegar ao empate.

Já depois da grande oportunidade nos pés de Simon Banza, seria Ricardo Horta a assustar a defesa do Benfica, aos 68 minutos, quando introduziu a bola na baliza de Trubin. No entanto, à semelhança do que houvera acontecido com Rafa na mesma baliza (curiosamente outro jogador a marcar à antiga equipa, o lance foi prontamente anulado pelo mesmo árbitro assistente, por fora de jogo.

Até ao apito final, o Sporting de Braga continuou a lutar pelo golo do empate e a oportunidade mais flagrante aconteceu já em tempo de descontos, quando Banza viu Trubin negar-lhe os festejos com o pé direito, demonstrando ter os reflexos necessários para garantir três pontos para o Benfica.

Com este resultado, o Benfica é líder, com 33 pontos, com mais dois que Sporting e FC Porto, rivais que se irão defrontar, esta segunda-feira, num escaldante 'Clássico' em Alvalade, podendo mexer (ou não) com as contas da liderança. Já o Sporting de Braga mantém o quarto lugar, com 29 pontos, mais três por comparação ao rival Vitória SC.

Momento do jogo: A defesa espetacular de Trubin ao remate de Banza, aos 90+4', dará certamente que falar, deixando milhares de adeptos do Sporting de Braga presentes na Pedreira com as mãos na cabeça.

[Notícia atualizada às 22h40]

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Onzes

Sp. Braga: Matheus Magalhães, Víctor Gómez, Serdar Saatci, José Fonte, Cristián Borja, João Moutinho, Rodrigo Zalazar, Ricardo Horta, Bruma, Álvaro Djaló e Simon Banza.

Benfica: Anatoliy Trubin, Fredrik Aursnes, Nicolás Otamendi, António Silva, Morato, Orkun Kokçu, João Neves, João Mário, Ángel Di María, Rafa Silva e Casper Tengstedt.

Antevisão

Sporting de Braga e Benfica protagonizam um dos duelos mais 'escaldantes' da 14.ª jornada da I Liga, este domingo, sensivelmente 24 horas antes do Clássico entre os líderes Sporting e FC Porto, sendo que, o trono do campeonato estará em discussão na Pedreira, mesmo que seja por pouco tempo.

Ao contrário do emblema da Luz, os bracarenses entraram para a última ronda da Liga dos Campeões a disputar o acesso aos 'oitavos' da prova milionária, porém, a derrota frente ao Napoli (2-0) inviabilizou tais ambições, ditando o mesmo destino alcançado pelas águias - que regressaram aos triunfos, frente ao Salzburgo (1-3) -, isto é, o de competir na Liga Europa.

Após dois empates consecutivos no campeonato, o Benfica procura voltar a sorrir, numa altura em que se encontra no terceiro posto, com 30 pontos, a um dos líderes (e rivais) e com mais um por comparação ao Sporting de Braga. Dessa forma, quem vencer este grande Clássico irá assumir a liderança isolada, ainda que à condição.

O jogo tem apito inicial agendado para as 20h30 (horário de Portugal Continental), contará com arbitragem de Luís Godinho e poderá acompanhar todas as incidências da partida, em direto, no Desporto ao Minuto.

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