Ao fim de 18 jogos no Benfica, não se pode dizer que Anatoliy Trubin tenha sofrido poucos golos, mas a verdade é que já se destacou o suficiente para superar o arranque de Odysseas Vlachodimos, quando se estreou na Luz na época 2018/19.
O guarda-redes ucraniano já concedeu 16 golos (quase uma média de um por jogo), sendo que grande parte deles aconteceram na Liga dos Campeões. Em sentido inverso, o guardião grego teve vida bem mais complicada nas competições internas do que na prova milionária, sofrendo um total de 20 golos em igual período.
Curiosamente, comparando os 18 primeiros jogos de Trubin aos de Vlachodinos, o Benfica alcançou o mesmo número de triunfos (9), empates (5) e derrotas (4). O que mudou foi mesmo o número de golos sofridos.
Golos sofridos em provas portuguesas | Golos sofridos na Liga dos Campeões | |
Odysseas Vlachodimos | 11 (em 10 jogos) | 9 (em 8 jogos) |
Anatoliy Trubin | 5 (em 12 jogos) | 11 (em 6 jogos) |
A estreia do internacional grego surgiu numa época que começou por ser atribulada para as águias, naquela que foi a última de Rui Vitória na Luz, acabando na conquista do campeonato português, sob o comando de Bruno Lage. Ainda assim, apesar do registo mais razoável na Liga dos Campeões, desde os playoffs até à fase de grupos, Vlachodimos contava com mais golos sofridos do que jogos realizados, tanto nas competições internas, como na prova milionária.
Os números de Trubin no campeonato são altamente apreciáveis, com média de 0,5 golos sofridos por jogo (5 em 10 duelos), sendo que também já ficou 'a zeros' na Taça de Portugal e na Taça da Liga, mas o percurso entre a elite dos milhões não foi nada sorridente para o Benfica, daí a média de aproximadamente dois golos concedidos por partida.
Na Pedreira, bem lá no alto...
Casper Tengstedt marcou o golo que permitiu o regresso do Benfica aos triunfos na I Liga, frente ao Sporting de Braga (0-1), no passado domingo, mas o herói acabou por ser Anatoliy Trubin, pela mão cheia de defesas ao longo do duelo na Pedreira.
Se a primeira, a remate de Djaló (pouco depois do golo apontado pelo nórdico), já tinha dado que falar, o que dizer então da 'parada' que protagonizou já em tempo de descontos? Aos 90+3', Simon Banza, em posição central, deixou milhares de adeptos bracarenses com as mãos na cabeça (literalmente), mas a 'culpa' tinha um nome: o de Anatoliy Trubin.
Não foi por acaso que o guarda-redes de 22 anos foi eleito o melhor jogador do encontro, sendo que, desde então, não têm faltado elogios às suas mais recentes exibições, apesar do número de golos sofridos não ser certamente o desejado por Roger Schmidt e companhia. Será Anatoliy Trubin a contratação do ano por parte do Benfica? A seu tempo saberemos...
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