Xavi Hernández realizou, esta terça-feira, a habitual antevisão ao encontro em atraso da 20.ª jornada de La Liga, diante do Osasuna, numa conferência de imprensa que, tal como era esperado, foi dominada por questões relacionadas ao 'adeus' ao Barcelona, no final da temporada.
Questionado pelos jornalistas quanto ao motivo pelo qual optou por 'bater com a porta', o treinador atirou: "Penso que não se valorizou suficientemente o meu trabalho, e isto provoca desgaste. É a minha sensação. Não é por não aguentar a pressão. Chegámos num dos momentos mais difíceis da história do clube".
"Fazem-te sentir, diariamente, que não vales nada. Falando com o Pep [Guardiola], ele já me tinha dito. Vi Luis Enrique sofrer. Temos de refletir. Temos um problema com a exigência deste cargo. Parece que jogas a vida em cada momento. É cruel, não se desfruta", afirmou.
"Não tem a ver com o desgaste da situação financeira. Eu sou um homem de clube. Fomo-nos adaptando às circunstâncias, sabendo da situação complicada do clube. Tenho a consciência muito tranquilo. Dei prioridade ao clube e aos jogadores", prosseguiu.
"Faltaram os resultados. Ainda há dois títulos em jogo, e a situação é difícil. A Liga dos Campeões provoca-nos uma ambição especial", completou, em declarações reproduzidas pelo jornal espanhol Mundo Deportivo.
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