Marco Pêba, 45 anos, era tesoureiro, administrador da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) do emblema serrano, a militar na Liga 3, e foi cooptado entre os membros da direção após a morte de José Mendes, ocorrida em 05 de janeiro.
"Os nossos desafios são exatamente os mesmos do presidente José Mendes, continuar o projeto dele", sublinhou Marco Pêba, em declarações à agência Lusa.
Regressar à II Liga, competição que os 'leões da serra' disputaram 16 temporadas consecutivas, "é o que todos querem", revelou o dirigente, que gostava de poder homenagear José Mendes dessa forma, mas acrescentou que esse trabalho será feito pela direção sem por em causa a estabilidade financeira do clube, emblema "com as contas completamente controladas".
"Até maio, nós estamos completamente à vontade para ter as contas exatamente como elas estão, controladíssimas. Neste momento, é o nosso foco e não vamos entrar em loucuras. Não vamos gastar muito dinheiro, porque também não o temos", adiantou à Lusa.
Marco Pêba, que realça o facto de o grupo que agora lidera tomar as decisões em conjunto, sublinhou que é intenção da direção tornar a equipa mais competitiva para disputar a segunda fase da Liga 3, de acesso ao segundo escalão, e avisou que, para que isso aconteça, pode não ser possível terminar, no imediato, a obra da bancada em remodelação no Estádio José Santos Pinto.
"Não sei se vai ser possível acabar a obra nestes quatro meses, porque, se queremos ter uma equipa um bocadinho mais competitiva, temos que gastar um bocadinho mais dinheiro", disse Marco Pêba, uma decisão que acredita que os sócios vão compreender, até por entender que quem vai ao estádio já tem "excelentes condições".
O dirigente avisou que embora a subida seja um desejo, "vai ser muito, muito difícil", aludindo a orçamentos de equipas da Liga 3 "cinco vezes" superiores aos do Sporting da Covilhã.
Para a segunda fase da prova, o presidente serrano apelou para que os sócios apoiem a equipa no estádio e também aos adeptos que vivem fora da região que estejam nos campos a norte e a sul do país onde os serranos vão jogar, porque antecipa que "todos os jogos vão ser difíceis" e a presença nas bancadas será importante.
O presidente da mesa da assembleia geral, Jorge Gomes, manifestou a intenção de marcar eleições antecipadas em maio, no final da época, e o atual presidente realçou que o seu horizonte na presidência do clube é esse.
"Fico com este posto até às eleições e depois só o tempo o dirá, mas, na minha mente, não está nada além disso", referiu Marco Pêba, há oito anos na direção do clube serrano.
O sucessor de José Mendes, que liderou os destinos dos 'leões da serra' durante mais de 19 anos, afirmou que na direção "todos são iguais".
"Somos quatro vice-presidentes, um tesoureiro, um secretário e um presidente. Estamos unidos, todos a lutar pelo mesmo caminho e falamos todos", frisou o novo líder do Sporting da Covilhã.