O recente empate (0-0) em casa do Gil Vicente, em jogo da 15.ª jornada, ditou a saída de João Pereira do Sporting, técnico que rendeu Ruben Amorim quando este rumou aos ingleses do Manchester United e não conseguiu manter o rumo vitorioso do clube de Alvalade.
Perdida a vantagem pontual no campeonato, que ditou a queda para o segundo lugar, a um ponto do Benfica e com os mesmos 37 do FC Porto, terceiro, o campeão nacional viu-se 'obrigado' a mudar novamente, regressando ao Minho para ir buscar novo treinador e repetindo o trajeto de há quatro temporadas, quando foi a Braga contratar Ruben Amorim.
Com a 'investida' em Guimarães, Rui Borges tornou-se na 14.ª mudança na presente época da I Liga, a segunda sem ser a tradicional 'chicotada', numa caminhada iniciada na cidade natal, Mirandela, com passagem na II Liga, por Vilafranquense e Mafra, antes de chegar ao Moreirense, clube no qual jogou (2007/08 e 2008/09) e se destacou na temporada passada, na qual alcançou o recorde pontual dos minhotos na I Liga.
Com 55 pontos em 34 jornadas, os 'cónegos' igualaram o sexto lugar da época 2018/19, tendo ainda completado 16 jornadas sem sofrer golos, o maior número da competição, a par do campeão Sporting e do vice-campeão Benfica, o que levou o técnico a prolongar o contrato com o Moreirense até 2026, mas, após o término do campeonato, acabou no vizinho Guimarães.
Ainda sem uma volta completada, a boa prestação vimaranense na época, principalmente na Liga Conferência, na qual garantiu os 'oitavos' ao ser segunda classificada na fase de liga, foi o suficiente para o presidente 'leonino', Frederico Varandas, apostar neste técnico na luta pelo bicampeonato.
Estas alterações seguem-se à saída de Armando Evangelista do Famalicão, rendido por Ricardo Silva, após a 12.ª jornada, numa altura em que os famalicenses eram oitavos, com 17 pontos, técnico interino que orientou a equipa na 13.ª ronda - empate 1-1 com FC Porto -, sendo rendido por Hugo Oliveira.
As denominadas 'chicotadas psicológicas' começaram ainda antes do arranque da prova, quando Tozé Marreco rescindiu com o Gil Vicente, sendo substituído provisoriamente pelo interino Carlos Cunha na jornada inaugural, até à chegada, na seguinte, de Bruno Pinheiro.
Cumpridas 15 das 34 jornadas, realce ainda para o despedimento do alemão Roger Schmidt no Benfica, à quarta jornada, técnico campeão em 2022/23 e que não resistiu aos maus resultados (um empate e uma derrota em quatro jogos), tendo Bruno Lage regressado ao clube.
Sporting de Braga, logo após a primeira jornada, com a saída de Daniel Sousa e a entrada de Carlos Carvalhal, Estrela de Amadora, Farense, Arouca, Rio Ave e AVS foram as outras equipas que também já trocaram de treinador nesta edição 2024/25 da Liga.