Em entrevista no programa de rádio "El Món a RAC 1", nesta sexta-feira de manhã, Joan Laporta fez o seu primeiro balanço da decisão de Xavi Hernández de abandonar o banco de suplentes no final da presente época. O treinador anunciou a decisão no passado sábado, após a derrota (3-5) em casa contra o Villarreal.
O presidente do Barcelona explicou como tomou conhecimento da sua posição: "Soube depois do jogo. Foi uma surpresa quando o Xavi me disse, porque não tínhamos planeado nada. Ouvi com atenção o Xavi, que é uma pessoa honesta. Demonstrou uma dignidade absoluta. Ele adora o Barça e vi que tinha pensado no assunto. O que ele estava a propor era muito lógico, para aliviar a pressão sobre os jogadores e sobre si próprio, e que esta demissão adiada era boa para o clube", começou por explicar.
"Disse-nos que se demitia e pediu para terminar a época. Disse-nos também que renunciava ao ano que faltava do seu contrato. Disse-o com muita convicção. Respondi-lhe que tínhamos de lutar para manter a estabilidade. Ele pediu-nos para os ouvirmos. Disse-lhe que só aceitava esta fórmula porque ele é Xavi. Assumiu o clube numa situação muito complicada. Fez muito bem a época passada, de uma forma excelente na Liga e na Supertaça. Pensámos que reforçar o plantel e manter o que tínhamos iria correr bem e correu mal. Despedimento? Nunca pensei nisso", afirmou o presidente do Barcelona.
"Não vou demitir o Xavi porque ele não o merece. Ele merece que confiemos nele. Isso é com ele, mas vamos lutar no campeonato e também na Liga dos Campeões. Temos equipa para vencer o Nápoles. Esta fórmula depende muito do Xavi e não tenho dúvidas quanto ao empenhamento dos jogadores. Isso é fundamental para que a fórmula funcione e o Xavi é suficientemente honesto para nos dizer o que tem a dizer. Além disso, sempre lhe agradeci por ter em conta os nossos esforços para podermos contratar. Investimos o nosso próprio dinheiro para podermos contratar jogadores", terminou Joan Laporta.
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