Depois de três dias de audiência, no início de fevereiro, o tribunal desportivo decidiu que o teste positivo da ex-número 1 mundial a Roxadustat no Open dos Estados Unidos provinha de um "suplemento contaminado", e que as posteriores anomalias no seu passaporte biológico poderiam estar ligadas a uma "operação cirúrgica".
Tendo em conta que a tenista de 32 já cumpre a suspensão desde 07 de outubro de 2022, a sanção ficou cumprida já em julho de 2023.
Enquanto durou a longa batalha judicial, a fim de evitar um fim prematuro da carreira, Simona Halep continuou a treinar e a manter a forma, pelo que está apta a voltar de imediato aos 'courts', depois de o tribunal entender que o suplemento contaminado não foi ingerido de forma intencional ou negligente.
Além de ter conseguido o que mais desejava, voltar a competir, a romena vai ser indemnizada em cerca de 21.000 euros.
A Agência Internacional de Integridade do Ténis (ITTA) tem opinião divergente e tinha pedido um "período de suspensão de entre quatro a seis anos" à vencedora dos Grand Slam de Roland Garros (2018) e Wimbledon (2019).
Em comunicado, o TAS, com sede em Lausana, promete especificar "o mais rapidamente possível" as consequências práticas desta sua decisão, nomeadamente a suspensão de 07 de outubro de 2022 a 06 de julho de 2023 -- já cumprida ainda antes do recurso de Simona Halep -- e a anulação de todos os seus resultados entre 29 de agosto e 07 de outubro de 2022.
O teste antidoping feito durante o Open dos Estados Unidos revelou Roxadustat, uma molécula que estimula a produção de glóbulos vermelhos e que está classificada entre o EPO nos regulamentos da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Posteriormente, a antiga líder do ranking internacional foi indiciada por "irregularidades" nos dados do seu passaporte biológico, uma ferramenta de monitorização a longo prazo para atletas da alta competição.