Tiago Pinto concedeu uma extensa entrevista à edição desta segunda-feira do jornal britânico iNews, na qual fez um balanço positivo do período no qual teve a oportunidade de trabalhar juntamente com José Mourinho, na AS Roma, entre 2021 e 2024.
O agora antigo diretor desportivo dos italianor assume que lidar com o compatriota era "exigente", mas não escondeu o orgulho pelo facto de o ter feito: "Não se esqueçam de que sou português e comecei a trabalhar com ele aos 36 anos. Para um jovem dirigente, trabalhar normalmente com Mourinho não é possível".
"Aprendi muito com ele. É um dos treinadores mais importantes da história do futebol. O futebol é como tudo, tens ciclos. Por vezes, concordas, por outras, discordas, mas ninguém pode minimizar o grande impacto que ele teve na AS Roma", sublinhou.
O ex-Benfica recordou, ainda, um episódio em particular do Special One, que o impressionou: "Um dia, jogámos em Sofia, na Bulgária, para a Liga Conferência Europa. O jogo foi em novembro, e o tempo estava terrível. Estava a nevar e muito, muito frio".
"Estávamos a vencer, por 0-3, mas, no final, ficou 2-3, foi um jogo muito mau. Vencemos, mas com maus sentimentos. Toda a gente queria tomar banho, entrar no autocarro e ir para o aeroporto. Estava a nevar, era meia-noite, mas (...) estavam 100 ou 200 pessoas a gritar por ele", prosseguiu.
"Ele foi lá, tirou fotografias e deu autógrafos. Eu estava no autocarro a olhar para aquilo e a pensar 'Este tipo conquistou 25 títulos, está lixado com o jogo, está toda a gente gelada e está a tirar 15 minutos para fazer isto'", completou.
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