O Sevilla visitou e derrotou, ao início da tarde deste sábado, o Getafe, no Coliseum Alfonso Pérez, por 0-1, numa partida que ficou 'manchada' por uma série de episódios de contornos racistas, que tiveram lugar no decorrer dos 90 minutos.
A partida chegou a estar interrompida por insultos dirigidos a Marcos Acuña, antigo jogador do Sporting, que se alastraram até ao treinador do conjunto andaluz, o ex-Benfica Quique Flores, que lamentou o sucedido, após o apito final.
"Tenho orgulho de cada poro e de cada veia cigana do meu corpo. Outra coisa é que o façam de maneira racista. O que se passa é que parte do público acha que pode ir aos estádios dizer o que quer e quando quer, mas nós somos trabalhadores que devem ser respeitados", afirmou.
"Parece-me aberrante que digam coisas que saiam de qualquer espaço de convivência. Houve adeptos do Getafe que estiveram contra quem nos insultou. Temos de ter memória para levar o futebol para outro sítio", prosseguiu, citado pelo jornal espanhol As.
"Não podemos transformar isto num circo que sacrifique determinados jogadores. Talvez isto tenha de acontecer a alguém muito grande para que todos os poderes comecem a trabalhar nisto", completou.
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