Já depois de uma primeira reação a toda a polémica relacionada com a proibição de adeptos do Olympique de Marseille na Luz, para o duelo europeu desta quinta-feira frente ao Benfica, o emblema francês voltou a emitir um comunicado, esta quarta-feira, assinado pelo presidente Pablo Longoria, a evidenciar um grande sentimento de revolta com a decisão tomada pelas águias em anular os bilhetes destinados aos adeptos visitantes.
"Não posso aceitar que os nossos adeptos, que fizeram enormes sacrifícios para vir a Portugal, não possam aceder ao estádio dos visitantes, de forma a estarem presentes numa altura pela qual todos ansiamos nesta época tão difícil. Não podemos aceitar uma situação tanto mais lamentável quanto contribuiria para aumentar o risco de segurança que rodeia os milhares de adeptos do OM que se encontrariam às portas do Estádio da Luz", pode ler-se no comunicado.
Recorde-se que, em função do castigo aplicado ao Benfica, pela UEFA, devido ao mau comportamento dos seus adeptos (com pena suspensa por dois anos), o clube encarnado acabou por ser "formalmente notificado pelas autoridades francesas da proibição da presença de adeptos" no duelo da segunda mão dos 'quartos' da Liga Europa, em Marselha, pelo que decidiu também proibir a entrada de adeptos do Olympique Marseille, já esta quinta-feira, na primeira mão.
Eis o comunicado na íntegra:
"As competições europeias são sem dúvida o sal da nossa paixão. Como dirigentes de clubes, como treinadores, como jogadores. Mas também e sobretudo como adeptos e entusiastas do futebol. Todos nós, no campo ou nas bancadas, aspiramos vivenciar as emoções que um jogo da Taça dos Campeões Europeus proporciona.
Acompanhar a nossa equipa ao estrangeiro, descobrir outra cultura, outra língua, outro estádio, outro futebol ao competir contra clubes históricos à escala europeia: o que poderia ser mais estimulante e gerar mais orgulho? Principalmente quando usamos o brasão do OM no nosso traje, no nosso agasalho, na nossa camisa ou nas nossas bandeiras.
Como presidente do Olympique de Marseille numa instituição que disputa amanhã os 10.º 'quartos' da sua história europeia, não posso aceitar que os nossos adeptos, que fizeram enormes sacrifícios para vir a Portugal, não possam aceder ao estádio dos visitantes, de forma a estarem presentes numa altura pela qual todos ansiamos nesta época tão difícil.
Não posso aceitar uma situação tanto mais lamentável quanto contribuiria para aumentar o risco de segurança que rodeia os milhares de adeptos do OM que se encontrariam às portas do Estádio da Luz.
Depois de ter investido pessoalmente em todas as partes envolvidas e influentes na organização desta dupla quarta-de-final, certamente não posso aceitar esta situação.
E se tivéssemos que chegar a esse ponto, não participaria na reunião de amanhã por solidariedade para com os nossos apoiantes, mas também por oposição à natureza injusta desta situação em que todos devem assumir as suas responsabilidades.
Apesar do tempo já perdido, acredito que ainda é possível voltar à razão e tomar as decisões certas"
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