Os Murray, que não jogavam juntos em pares desde 2019, em Washington, foram derrotados por 7-6 (8-6) e 6-4, em uma hora e 30 minutos, por Hijikata e Peers.
Raramente um jogo de pares encerra uma jornada na primeira semana do torneio, mas 'Sir Andy' teve direito a esse horário nobre e justificou-o: Lutou, gritou de alegria e de raiva, acabando a chorar de emoção.
Depois de ter sido operado na semana passada a um quisto na região da coluna vertebral, Andy Murray, de 37 anos, desistiu do torneio de singulares, que conquistou em 2013 e 2016 e de que foi finalista vencido em 2012, mas estreou-se hoje em pares com o irmão em Wimbledon.
"Foi muito especial, nunca tínhamos podido fazê-lo antes. Fisicamente, não foi fácil, mas alegra-me termos podido ter jogar juntos aqui uma vez", admitiu o antigo líder do ranking mundial.
A Andy Murray, que na sua primeira conquista quebrou 77 anos de jejum britânico na relva londrina, ainda falta, pelo menos, mais um jogo em Wimbledon, em pares mistos, com a britânica Emma Raducanu.
Apesar disso, a organização do 'major' preparou uma homenagem ao escocês, dirigida por Sue Barker, histórica entrevistadora do torneio e que esteve presente nas suas duas vitórias, as primeiras para um britânico desde Fred Perry, em 1936.
Nos ecrãs gigantes do All England Club foi projetado um vídeo com os melhores momentos da sua carreira, incluindo declarações de Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Serena Williams, sob o acompanhamento da música "Creep", dos Radiohead.
"Sabemos como foi a viagem e como é viver esse sonho", disse Federer, que, apesar de ter estado presente no recinto, não se juntou no court ao escocês, como fizeram, entre outros, Djokovic, John McEnroe, Martina Navratilova e Conchita Martínez.
E com tudo isto, Andy e a sua mãe Judy acabaram em lágrimas e o público aplaude.
Murray, que tem sofrido várias lesões desde 2017 e em 2019 colocou uma prótese no quadril, já revelou que vai terminar a carreira no final da temporada, mas conta ainda disputar este verão os seus quintos Jogos Olímpicos em Paris2024, depois de ter conquistado a medalha de ouro em Londres2012 e no Rio2016.