O Vitória FC inscreveu-se na 2.ª divisão distrital de Setúbal, o último escalão deste distrito, depois de não terem obtido o licenciamento para competir nas provas da Federação Portuguesa de Futebol, devido a problemas financeiros.
A confirmação da inscrição foi feita pela direção do clube, numa Assembleia Geral organizada esta segunda-feira, e que contou com mais de 800 associados, que admitiu ainda a existência de negociações com um investidor inglês que está disposto a assumir a dívida.
Depois de os sadinos não terem obtido o licenciamento para competir nas provas organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol, assumiu-se que, em termos desportivos, o objetivo passa por levar os sadinos à I Liga em cinco ou seis anos.
Confirmada a liquidação da SAD do Vitória, cujo acionista maioritário era o empresário Hugo Pinto, o advogado David Leonardo, presidente da mesa da Assembleia Geral (MAG) dos vitorianos, considera que a proposta apresentada é a solução encontrada para salvaguardar o nome do centenário clube e tudo o que este representa.
"Chegou-se à conclusão que a parceria com o investidor Hugo Pinto não é mais viável. Teve de se encontrar um novo parceiro. A direção do clube apresentou uma solução que nos parece interessante e que nos dá garantias de ser um projeto que vai permitir viabilizar o plano de recuperação do clube", vincou.
Numa opinião que foi também partilhada pelo presidente do clube, Carlos Silva, o líder da MAG mostra-se otimista na solução apresentada na Assembleia pelos representantes legais do investidor, confiando que o clube vai conseguir voltar às provas nacionais.
"Além da questão financeira, ao mesmo tempo, a entrada de um novo investidor permitirá ter um projeto desportivo à altura do que o Vitória pretende, procurando chegar num curto espaço de tempo às divisões a que pertence", referiu David Leonardo, salientando a importância das presenças do advogado que lidera a coordenação jurídica deste novo projeto (Fernando Veiga Gomes) e da pessoa que vai liderar a vertente desportiva (ex-internacional sub-21 português Filipe Morais), fazendo a ponte entre a gestão e o futebol.
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