O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan descreveu o incidente ocorrido no domingo como violento e contrário aos valores olímpicos de amizade e respeito.
Uma toalha com uma mensagem semelhante foi também roubada a um adepto durante o jogo em que Lee Yang e Wang Chi-Lin, de Taiwan, venceram Liang Wei Keng e Wang Chang, da China, e conquistaram a medalha de ouro.
O porta-voz do Comité Olímpico Internacional, Mark Adams, citou o acordo de 1981 para a participação de Taiwan como "Taipé Chinês" quando questionado sobre o incidente.
"Há regras muito claras", disse Adams na conferência de imprensa diária do COI em Paris, cidade que acolhe os Jogos Olímpicos até 11 de agosto.
"Não são permitidas bandeiras [de Taiwan]. É por isso que as regras são muito rigorosas. Temos de tentar reunir 206 comités olímpicos nacionais num único local. É uma tarefa bastante difícil", apontou.
A China reivindica Taiwan como o seu próprio território, a anexar pela força se necessário, e rejeita todas as manifestações de identidade independente da ilha.
De acordo com o embaixador de facto de Taiwan em França, Wu Chih-chung, os estudantes chineses e os agentes infiltrados que vivem no estrangeiro são frequentemente destacados para perturbar o apoio ao território.
A China sujeita Taiwan constantemente ao isolamento político e a ameaças militares. A ilha só pode participar nos Jogos Olímpicos e noutras competições internacionais com o nome de Taipé Chinesa. Não pode hastear a sua própria bandeira nem tocar o seu hino nacional.
Apesar disso, os adeptos taiwaneses presentes no jogo cantaram o hino durante a cerimónia de entrega das medalhas, suscitando uma enorme onda de apoio na Internet e nos órgãos de comunicação social locais.
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