Um dos destaques desta proposta inclui o gesto de braços cruzados feito pelo árbitro na presença de um incidente racista, numa abordagem de três passos - o árbitro interrompe a partida, primeiro, e é emitido um aviso sonoro a advertir que ou o comportamento abusivo cessa ou o jogo é suspenso.
No segundo passo, que é acionado se o comportamento discriminatório persistir, os jogadores voltam aos balneários e a partida é suspensa, e o terceiro passo é a suspensão definitiva se, após ser retomada a partida, os insultos persistirem.
Este protocolo, de resto, foi criticado pela associação Kick It Out, há décadas um dos principais agentes antirracistas no futebol, considerando que esta estratégia "falhou aos jogadores durante anos" e não serviu para pôr cobro à discriminação nos estádios.
O árbitro poderá, então, acionar o protocolo, que foi aprovado em maio no Congresso FIFA, seja por se ter apercebido, por ser advertido por um jogador ou mesmo pelo coordenador de segurança presente no recinto desportivo.
Em comunicado, a Liga espanhola lembra que tem um protocolo próprio em vigor desde 2005, embora o futebol de Espanha tenha sido abalado por vários casos de racismo nos últimos anos,
Em junho, três adeptos foram condenados por insultos ao brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid, uma das vozes mais ativas na denúncia de casos de racismo, xenofobia e intolerância nos relvados.