O diretor financeiro (CFO) do FC Porto, José Pedro Pereira da Costa, marcou, este sábado, presença no 'Thinking Football Summit', evento organizado pela Liga Portugal, que decorre no Porto, onde enumerou algumas das principais dificuldades com que tem de lidar.
"O IRS é o que tem mais impacto, mas admito que é mais difícil de resolver, uma vez que se trata de uma medida transversal. Não se iria implementar um regime fiscal para o futebolista. É de mais difícil equação. Mais fácil será a autorização de álcool nos estádios. Isso traria as pessoas mais cedo para o estádio", afirmou.
"O FC Porto tem planos para melhorar substancialmente a experiência dos adeptos no estádio, investir para trazer as pessoas para dentro do recinto e isso é uma componente que ajudaria a criar mais receita no curto prazo e a mitigar alguns custos de contexto", acrescentou.
O dirigente não escondeu, ainda, preocupações para com o atual lugar de Portugal no ranking da UEFA, que levou à redução de equipas na presente Liga dos Campeões: "Trata-se de uma fonte de receitas muito importante para qualquer um de nós".
"O facto de termos passado de sexto para sétimo e termos perdido mais uma equipa na Liga dos Campeões, representa uma perda à volta dos 40 milhões de euros para Portugal. Se não atuarmos depressa, pode ser pior. A carga fiscal do IRS é brutal", apontou.
"A UEFA, aliás, nos cálculos para o fair-play financeiro, usa ajustes e a média mostra que há desvantagem estrutural relevante face a esses países e que é notória na altura de reter ou atrair talento. Quando disputamos um jogador com um país com Itália, que tem uma taxa mais baixa e tem vantagem de estatuto de residente não habitual, há uma diferença muito grande", completou.
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