Entre as 'Brumas'... da vitória. As notas do Sp. Braga-Maccabi

Arsenalistas deram a volta às dificuldades e conquistaram um triunfo (muito) 'suado', no arranque da Liga Europa.

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Carlos Pereira Fernandes
27/09/2024 08:01 ‧ 27/09/2024 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Análise

O Sporting de Braga recusou 'imitar' o FC Porto (que, na véspera, tinha saído derrotado da visita ao Bodo/Glimt, por 3-2), e entrou, ao início da noite desta quinta-feira, com o 'pé direito' na Liga Europa, ao receber e bater o Maccabi Tel Aviv, por 2-1.

 

A equipa israelita entrou 'a todo o gás', e deixou, literalmente, desde o primeiro minuto bem claro aquilo ao que vinha, tendo Dor Turgeman colocado a bola no fundo da baliza, antes de o árbitro, o esloveno Matej Jug, invalidar o lance, por posição irregular. O primeiro aviso estava dado, ao que juntou outros dois, de Dor Peretz e Elad Madmon.

Aos 19 minutos, os arsenalistas 'acordaram', e viram Amine El Ouzzani acertar na barra. No entanto, não souberam capitalizar o momento, e, aos 30, ficaram em desvantagem, fruto de uma grande penalidade convertida por Osher Davida, após falta de Matheus Magalhães sobre Dor Peretz.

Claramente insatisfeito com o que estava a acontecer, Carlos Carvalhal mexeu, ao intervalo, substituindo Vítor Carvalho, Amine El Ouazzani e Rafik Guitane por Gorby Baptiste, Roberto Fernández e Ismael Gharbi, o que trouxe um Sporting de Braga mais 'ligado à corrente'.

Aos 56 minutos, Roberto Fernández atirou, também ele, aos ferros, e Bruma, com a baliza 'escancarada', atirou por cima, na recarga. Já na reta final, foi a vez de uma tentativa de Dor Peretz esbarrar na trave. Estava claro que isto não ia acabar assim.

Foi então que, aos 88 minutos, a Pedreira 'veio abaixo'. Bruma repôs a igualdade, pegou na bola e correu para o meio-campo, dando o mote para o que viria a seguir. Já cinco minutos depois dos 90, o próprio converteu a grande penalidade que selou o resultado final.

O Sporting de Braga termina, desta maneira, a primeira jornada da segunda maior competição do Velho Continente entre o lote de líderes, com três pontos na 'algibeira'. O Maccabi Tel Aviv, por seu lado, permanece com a contagem 'a zeros'.

Figura

Uma distinção que não pode ir para outro jogador que não Bruma. O internacional português não assinou, de todo, uma noite feliz, no capítulo das decisões. Ainda assim, foi sempre o jogador mais inconformado pelo Sporting de Braga, e, já na reta final, marcou os dois golos que valeram a 'cambalhota' no marcador.

Surpresa

Com o Sporting de Braga a perder, Carlos Carvalhal promoveu, ao intervalo, três alterações de uma vez só, e Ismael Gharbi revelou-se a mais acertada. O ex-jogador do Paris Saint-Germain foi a jogo com vontade de o agitar, e fez por demonstrar que está preparado para ter outra preponderância.

Desilusão

Yuri Ribeiro terá sido, porventura, a face mais visível da desinspiração do Sporting de Braga. A defender, o lateral-esquerdo foi constantemente ultrapassado, especialmente, na primeira parte. A atacar, pouco acrescentou, pelo que não surpreendeu que Carlos Carvalhal o retirasse para lançar Roger Fernandes, na altura mais crítica do jogo.

Treinadores

Carlos Carvalhal: Afinal, o que podemos esperar deste Sporting de Braga? Neste momento, é a questão que se impõe. Se é verdade que ficou sempre a sensação de que, acelerando um pouco, a equipa arsenalista criaria perigo, também o é que, na defesa esteve um autêntico 'desastre'. O treinador soube mexer... mas o perigo está lá.

Zarko Lazetic: Sem encantar, o Maccabi Tel Aviv apresentou-se, no Minho, com uma postura ousada, colocando diversos homens na frente e surpreendendo o Sporting de Braga com as dinâmicas impostas. Fez por merecer o golo de Osher Davida, mas, daí em diante, recuou linhas, expôs-se ao perigo e, sem surpresa, 'tombou'.

Árbitro

Noite de muito trabalho para Matej Jug. O Sporting de Braga reclamou, ao todo, três grandes penalidades, e o esloveno decidiu bem em todas elas. Primeiro, ao desvalorizar uma suposta mão na bola. Depois, ao ignorar uma alegada falta sobre Bruma. E, por fim, ao recorrer ao VAR para apontar para a marca dos 11 metros, no lance que decidiu o jogo.

Leia Também: Matheus 'meteu os pés pelas mãos' e o Sp. Braga sofreu de penálti

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