João Palhinha concedeu, esta quinta-feira, uma entrevista aos meios oficiais do Bayern Munique, na qual recorda os primeiros passos em termos futebolísticos, confessando que a família sempre o incentivou muito para seguir a carreira de futebolista.
"A primeira coisa em que penso é em como cresci, com os meus pais e o meu irmão em Lisboa. Nós os quatro temos uma relação muito próxima. Mas também penso na nossa casa de família nos arredores da cidade. A nossa família sempre teve lá um terreno e o futebol deu-me a oportunidade de construir uma casa para todos nós. É um lugar muito especial para mim, cheio de lembranças maravilhosas", começou por dizer o médio luso.
"Lembro-me dos momentos que passámos lá juntos, incluindo com os meus avós. Penso imediatamente no meu avô, que infelizmente já não está vivo. Ele era muito hábil com as mãos e sabia construir tudo. Quando eu era pequeno, fez-me verdadeiros portões com redes de pesca. Infelizmente, não herdei a sua destreza manual, nunca poderia ter sido guarda-redes (risos). Sou melhor com os pés", prosseguiu.
O internacional luso confessou que falou com os compatriotas João Cancelo e Renato Sanches sobre o emblema da Baviera, recordando ainda a mudança falhada para o clube alemão no verão do ano passado.
"Há um ditado no meu país que diz que, por vezes, um comboio não vem duas vezes. Mas, neste caso, o comboio veio uma segunda vez - e as portas abriram-se novamente. Não estava necessariamente à espera disso e acho extraordinário que este grande clube nunca tenha perdido o contacto. Tudo isto me mostrou mais uma vez que o Bayern é um clube especial e que acredita realmente em mim em Munique", frisou.
"Penso que um ambiente familiar num clube me convém muito bem. Sempre foi importante para mim sentir-me em casa nos meus clubes, e levei comigo muitas recordações boas de cada um dos meus clubes. Estou convencido de que o mesmo acontecerá no Bayern", atirou João Palhinha, falando ainda sobre as comparações com Javi Martínez.
"Há uma coisa de que nunca me vou esquecer: Depois de um jogo de uma seleção de jovens contra os Estados Unidos - deviam ser os sub-17 ou sub-18 - o treinador adversário veio ter comigo e disse-me: 'És o próximo Javi Martínez'. Claro que eu sabia quem era o Javi e o que ele tinha feito no Bayern, mas depois disso passei a olhar com mais atenção quando o via jogar. Era lisonjeiro ser comparado com ele, mas nunca o quis copiar. Ele é o Javi, eu sou o João", finalizou.
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