Ricardo Pessoa está intimamente ligado à história do Portimonense. Depois de mais de uma década de ligação como jogador ao emblema algarvio, o antigo lateral iniciou a carreira de treinador no clube de Portimão, como adjunto, entre 2018 e 2022.
Após da aventura a solo Lusitânia dos Açores, clube insular que levou dos distritais à Liga 3, Ricardo Pessoa regressou ao clube do coração para render Sérgio Vieira. Rui Correia, central que partilhou o balneário nos algarvios com o agora técnico, em 2013/14, considera que o treinador, de 42 anos, está no lugar certo.
"Está no lugar certo, que conquistou por mérito próprio. Agora precisa de algum tempo para estabilizar as suas ideias e também conseguir unir as gentes de Portimão. É sempre difícil, especialmente num clube habituado a estar muitos anos na Primeira Liga e que agora se encontra numa realidade diferente", frisou o jogador, de 34 anos, em declarações à sua assessoria de imprensa.
"Quando ele foi meu colega já se notavam algumas características que são fundamentais para existir sucesso como treinador, nomeadamente a liderança que ele já tinha perante o grupo, no seu papel de capitão, que acarreta sempre uma postura diferenciada em variados momentos. Além disso, a sua comunicação e o conhecimento sobre o jogo também já se notavam acima de qualquer outro jogador", prosseguiu.
Rui Correia considerou que o trabalho de Ricardo Pessoa tem sido "notável, admitindo que esta ascensão meteórica "pode surpreender" algumas pessoas, mas não tanto quem conhece o agora líder dos destinos portimonenses.
"Não tenho dúvidas que não vai descansar enquanto não conseguir recolocar o seu clube no principal escalão", ressaltou Rui Correia, salientando que Ricardo Pessoa "vai precisar de tempo" e da "união das pessoas, do clube e da cidade".
Afastado dos relvados desde que deixou o Belenenses no final da temporada transata, Rui Correia diz estar a aguardar por um novo desafio na carreira.
"Continuo a manter a forma para estar preparado para qualquer possibilidade que possa surgir. É uma situação que, em 12 ou 13 anos como profissional, nunca me tinha acontecido, ficar à espera da proposta certa. Mas é o futebol, o importante é estar preparado para em breve regressar ao ativo", finalizou.
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