O FC Porto não tardou em divulgar um comunicado, esta sexta-feira, na sequência de interdição aplicada ao Estádio do Dragão, deixando um 'aviso' em torno do comportamento do público, para além da abordar a "celeridade" do processo, com um pedido de tratamento "equivalente no futuro" para "outras entidades".
O emblema azul e branco irá, assim, receber o Moreirense no Estádio Municipal de Aveiro, na próxima quinta-feira, a contar para a Taça da Liga, sendo que o castigo surgiu precisamente na sequência do duelo entre cónegos e azuis e brancos na jornada inaugural da I Liga, na época transata, por força dos "artefactos lançados" para as bancadas do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, atingindo mesmo duas crianças.
"Não obstante esta sanção se reporte a factos e circunstâncias que ocorreram em momento anterior à sua entrada em funções, a administração do FC Porto entende que importa fazer duas reflexões (...) Por um lado, realça, uma vez mais, a importância de que os adeptos do FC Porto procurem cumprir em todos os jogos e em todos os estádios a regulamentação aplicável, primeiro para proteção do público em geral e, segundo, para que o clube não sofra as consequências (designadamente disciplinares) do incumprimento dessas regras; Por outro, o FC Porto regista a natureza e severidade da sanção em questão e a celeridade com que se tramitaram os respetivos procedimentos ao nível das várias instâncias envolvidas, esperando, naturalmente, que processos semelhantes envolvendo outras entidades sejam tratados de forma equivalente no futuro", pode ler-se no comunicado.
Dessa forma, o duelo entre FC Porto e Moreirense, inicialmente agendado para o Estádio do Dragão, passa a ser disputado em Aveiro, no próximo dia 31 de outubro, a partir das 20h45, naquela que será a atribuição da última vaga para a 'final four' da Taça da Liga.
Leia o comunicado na íntegra:
"Em causa a interdição do Estádio do Dragão
No dia 10 de outubro de 2023, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol confirmou a aplicação ao FC Porto de uma pena de interdição do Estádio do Dragão por um jogo.
Esta sanção respeita a incidentes envolvendo adeptos do FC Porto ocorridos num jogo entre o Moreirense e o FC Porto que teve lugar no dia 14 de agosto de 2023 em Moreira de Cónegos.
Após uma série de iniciativas processuais subsequentes, a decisão de condenação do FC Porto transitou agora em julgado, estando o Clube assim obrigado a cumprir a sanção de interdição do Estádio do Dragão.
No dia 24 de outubro de 2024, a Liga Portugal notificou o FC Porto de que a sanção se cumprirá no jogo da Taça da Liga entre o FC Porto e o Moreirense, agendado para o dia 31 de outubro de 2024, desde que se possa assegurar a possibilidade de realização do jogo em questão em estádio neutro, tendo sido determinado pela Liga Portugal o Estádio Municipal de Aveiro para a realização do encontro.
O FC Porto comunicará, ainda durante o dia de hoje, os detalhes organizacionais relativos ao jogo, destacando-se, desde já, que tendo em consideração a neutralidade do recinto e o previsto no artigo 45.º do Regulamento Disciplinar da Liga Portugal, todos os sócios do FC Porto estão sujeitos ao pagamento de ingresso de público para o jogo em questão.
Finalmente, não obstante esta sanção se reporte a factos e circunstâncias que ocorreram em momento anterior à sua entrada em funções, a administração do FC Porto entende que importa fazer duas reflexões essenciais acerca deste processo, designadamente em face da impossibilidade de o Clube realizar este jogo em casa, perante os respetivos sócios e adeptos:
- por um lado, realça, uma vez mais, a importância de que os adeptos do FC Porto procurem cumprir em todos os jogos e em todos os estádios a regulamentação aplicável, primeiro para proteção do público em geral e, segundo, para que o clube não sofra as consequências (designadamente disciplinares) do incumprimento dessas regras;
- por outro, o FC Porto regista a natureza e severidade da sanção em questão e a celeridade com que se tramitaram os respetivos procedimentos ao nível das várias instâncias envolvidas, esperando, naturalmente, que processos semelhantes envolvendo outras entidades sejam tratados de forma equivalente no futuro".
[Notícia atualizada às 16h05]
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