O Amora tem razões para sorrir nos últimos tempos. O clube da Margem Sul alcançou no último fim de semana a liderança da Série D do Campeonato de Portugal. A equipa da AF Setúbal está na luta pela subida à Liga 3 e ultrapassou o Sintrense e o Serpa para chegar ao topo.
Depois de 12 rondas neste quarto escalão do futebol nacional, o Amora só conseguiu subir à liderança da tabela depois de se superiorizar ao Estrela da Amadora B. Uma vitória, por 2-1, com golos de Hugo Firmino (10') e Tiago Correia (96+10'), conduziu a formação amorense ao topo e aumentou para três a série de triunfos consecutivos na competição.
Até esta altura da temporada, o conjunto da Margem Sul soma sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas no Campeonato de Portugal, com um saldo de 18 golos marcados e dez sofridos. O poder de fogo atacante tem sido, de resto, uma das principais armas. Nestas 12 rondas, a turma orientada por Miguel Valença apresenta uma média de quase dois golos por encontro (1,8).
A juntar a este trajeto positivo no Campeonato de Portugal, há a destacar uma sólida prestação na Taça de Portugal. Na prova rainha do futebol nacional, o Amora eliminou o Felgueiras, da II Liga, na segunda eliminatória e apenas caiu na fase seguinte, em casa, diante do Casa Pia, do principal escalão.
Depois da descida da Liga 3 no fim da temporada transata, o clube, liderado pelo espanhol José María Gallego, reestruturou-se, afinou a estratégia do projeto e contratou um treinador jovem, no caso Miguel Valença, com novas ideias, mas com experiência de contextos superiores - tinha treinado a Académica e subido o Anadia à Liga 3 em 2020/21.
O reforço da aposta na formação foi outra das medidas tomadas e um dos critérios na seleção do novo técnico. Rafael Carreira, Afner Cá, Daniel Antunes, Tomás Bernardo e Yuran Fortes são os últimos talentos 'made in' Amora que já se estrearam esta temporada na equipa principal.
Prestes a chegar à metade da temporada, o balanço só pode ser positivo. Contudo, na Medideira pede-se prudência e foco jogo a jogo, até porque o caminho é longo, a competitividade da prova assim o exige e os erros do passado ainda estão bem presentes. As contas fazem-se no fim da época.