Os 'heróis do mar' estão inseridos no Grupo E da fase preliminar, concentrado em Oslo, com as seleções da Noruega (anfitriã), Brasil e Estados Unidos (EUA). O grupo cruza na fase regular com o F, que integra Suécia, Espanha, Japão e Chile.
Portugal abre na quarta-feira com os EUA, defronta na sexta-feira o Brasil e encerra no domingo a fase preliminar frente à Noruega. Os três primeiros classificados avançam para a fase regular e o quarto e último é relegado para a Taça Presidente.
O primeiro objetivo da seleção lusa, orientada por Paulo Pereira, é passar a ronda preliminar, mas, para poder ter expectativas na 'main round' (fase principal), terá que somar o máximo de pontos possível.
Os três primeiros classificados avançam para a fase principal com os pontos averbados nos jogos entre si, pelo que o cenário ideal, até porque Suécia e Espanha serão adversários quase certos, é vencer o grupo e começar a 'main round' com quatro pontos.
Por capricho do sorteio, o grupo reedita o torneio Gjensidige Cup de 2023, na altura inserido na preparação para o último Mundial, no qual Portugal terminou em segundo, com vitórias sobre o Brasil (31-28) e EUA (39-27) e derrota frente à Noruega (38-27).
Mesmo sem a experiência de outros mais tituladas, Portugal surpreendeu nas duas últimas edições do Mundial, sendo 13.º em 2023, lugar obtido na prova coorganizada pela Suécia e pela Polónia.
Sob a batuta de Paulo Pereira, que assumiu o cargo de selecionador em 2016, Portugal tem tido nos últimos anos presença e registos de relevo nas principais provas internacionais, incluindo a inédita presença nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, o sexto lugar no Euro2020 -- a melhor classificação de sempre -, num evento coorganizado pela Áustria, Noruega e Suécia, e o sétimo no Euro2024, na Alemanha.
Portugal tem amadurecido ao ritmo do crescimento de jogadores como Luís Frade (FC Barcelona), Miguel Martins (Aalborg) e Rui Silva (FC Porto), e da confirmação de valores emergentes como Diogo Rêma (FC Porto), Salvador Salvador e os irmãos Martim e Francisco Costa (Sporting).
Martim Costa, de 22 anos, eleito o melhor jogador jovem da Europa em 2024, surge no Mundial como uma das referências da seleção lusa, após ter sido o melhor marcador do Euro2024, com 54 golos, e de ter integrado o sete ideal da prova.
O aparecimento dos novos valores é sustentado na experiência de outros jogadores, como Fábio Magalhães (36 anos), Pedro Portela (35) e António Areia (34), que deverão cumprir na presente edição a sua última participação num campeonato do mundo.
Portugal ambiciona chegar aos quartos de final do Mundial pela primeira vez na sua história, tarefa que não será fácil, atendendo ao valor das equipas em prova, e na fase de grupos o seu principal obstáculo é a coanfitriã Noruega.
As duas seleções europeias do grupo já se defrontaram por seis vezes, com a Noruega a obter quatro vitórias e Portugal duas. O único encontro em fases finais de Mundiais teve lugar na ronda principal do Egito2021, tendo a Noruega vencido por tangencial 29-28.
Portugal está invicto nos jogos com o Brasil, nos quais soma um triunfo na fase preliminar do Mundial de 1997, na sua estreia, e um empate 28-28, de má memória para os lusos, há dois anos, no Mundial coorganizado por Polónia e Suécia.
Nesse último jogo, a seleção portuguesa chegou a festejar o triunfo, por 28-27, que abria as portas ao apuramento para a fase a eliminar, mas, após o recurso a imagens, foi marcado um livre de sete metros, que ditou o empate (28-28).
A seleção portuguesa defronta pela primeira vez os EUA, que participam no Mundial a convite da organização, para preparar o torneio olímpico de andebol de Los Angeles2028.
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