Depois da presença no Campeonato da Europa disputado na Alemanha, os jogadores regressaram aos seus clubes para o início da nova temporada, praticamente sem férias ou com um período de descanso mais curto, que se vai prolongar até julho.

O novo Mundial de clubes, com 32 clubes, além do Europeu de sub-21 e dos jogos de seleções, na Liga das Nações e na fase de apuramento para o Mundial2026, vão pesar ainda mais num calendário já preenchido, o que tem levado a várias críticas, entre elas dos jogadores.

O central Rúben Dias, um dos indiscutíveis na seleção e nos ingleses do Manchester City, foi um dos contestatários numa época em que já sofreu duas lesões musculares. Na primeira, esteve mais de um mês ausente e falhou seis jogos (entre clube e seleção), regressou à competição, mas nova lesão muscular em dezembro voltou a deixar o defesa fora das opções, estando ainda a recuperar.

O médio João Palhinha, dos alemães do Bayern Munique, também sofreu uma lesão muscular a meio de novembro, uma rotura no adutor direito num treino da seleção, e está há cerca de dois meses de fora, falhando, até agora, nove partidas pelo clube e duas por Portugal, poucos meses após os bávaros terem pagado ao Fulham cerca de 50 milhões de euros pelo antigo jogador do Sporting.

Outro jogador afetado por uma lesão muscular foi o avançado Diogo Jota, do Liverpool, atual líder da Premier League, que deixou o dianteiro de fora cerca dois meses, entre outubro e dezembro, falhando 14 jogos, 12 no clube e dois na seleção, enquanto João Félix e Pedro Neto, ambos do Chelsea, também foram sofreram lesões que, no entanto, não obrigaram a tanto tempo de paragem, falhando dois e três jogos, respetivamente.

Quem também passou por uma longo período de ausência foi o avançado Gonçalo Ramos, do Paris Saint-Germain, que, devido a uma lesão no tornozelo, esteve 91 dias afastado da competição, entre agosto e novembro, enquanto o extremo Francisco Conceição, da Juventus, ficou quase um mês de fora, devido a um problema muscular sofrido em setembro.

Conceição voltou a lesionar-se recentemente, no aquecimento para a partida da meia-final da Supertaça italiana frente ao AC Milan, treinado pelo pai Sérgio Conceição, em mais uma questão muscular, mas o extremo deve regressar em breve à competição.

Outro dos jogadores que esteve muito tempo afastado foi o médio Rúben Neves, dos sauditas do Al Hilal, que sofreu em outubro uma lesão no joelho esquerdo que o levou a ser operado, tendo regressado à competição no início de 2025.

Danilo Pereira, do Al-Ittihad, também sofreu um problema muscular em setembro, que o deixou fora da competição cerca de dois meses (sete jogos), enquanto Nélson Semedo, do Wolverhampton, sofreu este mês uma lesão na coxa, igualmente muscular, e já está de fora há dois jogos.

Com menor gravidade e com tempos de paragem mais curtos, Vitinha e Nuno Mendes, do Paris Saint-Germain, e Rafael Leão, do AC Milan, também já falharam jogos devido a lesão nesta época.

Outro dos 26 eleitos para o Euro, o central Gonçalo Inácio, que alinha no campeão nacional Sporting, não tem tido um início de temporada fácil, com vários problemas físicos a afastarem sucessivamente o jogador da competição.

Ainda no Sporting, Pedro Gonçalves não esteve no Euro2024, mas estava a entrar agora nas escolhas de Roberto Martínez, no entanto, duas lesões musculares têm afastado o médio dos relvados: a primeira ocorreu em setembro e implicou uma paragem de um mês, mas nova lesão muscular voltou a deixar o jogador de 'baixa' desde 11 de novembro.

Ainda antes do Euro2024, as lesões já tinham causado danos na seleção portuguesa, com Otávio a falhar a prova devido a um problema muscular, enquanto Raphaël Guerreiro ficou de fora por uma lesão no tornozelo.

O lateral esquerdo do Bayern Munique, muito 'castigado' com mazelas físicas ao longo da carreira, abdicou mesmo de representar a seleção portuguesa na fase de grupos da Liga das Nações, para evitar uma recaída.

Quem chegou a estar nas escolhas para os jogos da Liga das Nações, apesar de não se ter estreado, foi o lateral direito Tiago Santos, do Lille, que viu a época terminar em outubro devido a uma rotura do ligamento cruzado anterior no joelho esquerdo, a mesma lesão que fez o internacional pelos escalões jovens Thierry Correia, do Valência, perder o resto da temporada.

Quem também tem a época em risco é o médio William Carvalho, do Betis, que tem estado de fora devido a uma rotura do tendão de Aquiles sofrida em setembro.

Se muitos jogadores lusos têm sido afetados por lesões, o avançado Cristiano Ronaldo, que alinha nos sauditas do Al Nassr, parece continuar imune a problemas físicos relevantes, como tem acontecido quase sempre ao longo da carreira, com poucas exceções.

Depois de uma época longa e da presença no Campeonato Europeu, Ronaldo, aos 39 anos, continua nesta época a alinhar pelo clube e seleção de forma quase ininterrupta, a maioria das vezes cumprindo a totalidade dos minutos.

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