Luciano Gonçalves é atual presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e integra a lista de Pedro Proença para presidir ao Conselho de Arbitragem, que necessitará de manter a autonomia e a independência para gerir um importante setor.
"O projeto tem algumas valências e uma é a comunicação. Se os árbitros comunicarem mais, isso vai ajudar de forma clara e inequívoca. O próprio adepto vai compreender melhor se assumirmos quando erramos ou se explicarmos os motivos que levaram às decisões. Isso tem faltado nos últimos anos e, se tivermos árbitros mais preparados e entendidos por todos, vamos alargar a base e chegar ao topo da pirâmide com árbitros melhores. A arbitragem tem de acompanhar a evolução que o futebol tem tido", disse.
Luciano Gonçalves falou em zona mista, após a apresentação oficial da candidatura de Pedro Proença, assim como outros candidatos a vogais da direção, entre os quais Toni, treinador de futebol que expressou a "satisfação" por poder voltar a estar ligado à FPF.
"Pedro Proença é um homem que conta com um lastro ligado ao futebol, como árbitro e dirigente. Houve um trabalho notável de Fernando Gomes e temos um desafio muito grande pela frente, mas não é impossível fazer melhor. As linhas programáticas, todos os objetivos e desafios enumerados, reforçaram a minha decisão de aceitar este ciclo desafiante que aí vem. Estamos prontos para vencer", realçou o técnico, com 78 anos.
O também treinador Domingos Paciência frisou o "projeto agregador" que o candidato Pedro Proença reuniu, com o contributo "de muita gente", incidindo na formação e na base para melhorar as seleções nacionais e continuar a alcançar patamares de sucesso.
"O futebol está a mudar. Há mais jogos e menos datas para jogar, é normal haver mais preocupação. Temos de gerir isso da melhor maneira e ver como podemos melhorar as competições. O quadro competitivo terá de ser reformulado, pois é impossível fazer 70 a 80 jogos por época", explicou o também antigo futebolista, com carreira no FC Porto.
Já Daniel Carriço, que concluiu a carreira de futebolista em 2021/22 e tem 36 anos, revê-se "no programa e nas pessoas", garantindo consciência do desafio que a equipa tem pela frente, mas crente na capacidade da mesma para cumprir os planos.
"Representar a nossa federação, como jogador e agora como dirigente, é uma enorme responsabilidade. Sabemos o legado que Pedro Proença deixou na carreira de árbitro e na Liga de clubes, que transformou e recapacitou, conseguindo unir todos os agentes desportivos. Acho que a minha função é estar mais ligado ao futebol e atletas", frisou.
Por outro lado, o ex-selecionador português de futebol Carlos Queiroz é membro da Comissão de Honra da candidatura e mostrou-se confiante de que Pedro Proença pode ser "a mensagem de inovação e mudança que o futebol português vai necessitar nos próximos anos", tendo em conta os desafios que o futebol internacional tem colocado.
"Não é fácil estar num patamar elevado e continuar a crescer. Esse é o grande desafio. Só vai ser possível se conseguirmos fazer algo que parece simples e que até já foi feito nesta casa, que é pensar mais rápido e melhor do que todos os que competem contra nós. Essa é a fórmula e tenho confiança de que o Pedro Proença poderá inovar e estar uns passos à frente dos adversários mais diretos e poderosos do futebol", considerou.
As eleições dos órgãos sociais federativos para o quadriénio 2024-2028 realizam-se em 14 de fevereiro, numa altura em que Fernando Gomes se encontra em funções desde o dia 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e derradeiro mandato na liderança.
Pedro Proença e Nuno Lobo, atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa, são os dois candidatos à sucessão de Fernando Gomes na presidência da FPF, e tiveram os elencos das respetivas listas confirmados pela comissão eleitoral no dia 09 de janeiro.
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