"O Sporting pode não estar na sua melhor fase, mas, pelo conjunto de jogadores e pela maneira como joga, independentemente da mudança de treinador, continua a ser a melhor equipa dos três 'grandes'", disse Vasco Lopes, em declarações à agência Lusa.
O extremo do AVS destacou Ruben Amorim, "por ter as ideias já montadas", mas admitiu que, "com tempo, a máquina vai afinar" com Rui Borges, relativizando, no entanto, as poupanças feitas pelo atual técnico na Liga dos Campeões para o jogo na Vila das Aves, no domingo.
"Face ao resultado da primeira mão (derrota por 3-0 diante do Borussia Dortmund) a continuidade em prova era muito difícil. Percebo as poupanças, até porque a vantagem no campeonato começa a apertar", argumentou, um dia depois de os 'leões' terem empatado na Alemanha 0-0, na segunda mão da eliminatória, ficando afastads da presente edição da 'Champions'.
Vasco Lopes disse perceber, também, as dificuldades que as lesões podem acrescentar, mas relativizou o tema, tratando-se de um clube da dimensão do Sporting.
"Nos grandes clubes, entra um e sai outro sem grande diferença, sendo geralmente até uma oportunidade para quem joga. Além disso, o Sporting tem Gyökeres", sublinhou.
O jogador do AVS, estreante na I Liga, confessou-se rendido ao avançado sueco, "um jogador capaz de resolver sozinho um jogo".
"O maior perigo no Sporting? Gyökeres, Gyökeres. Pelas soluções que dá, faz muita diferença. Não tenho dúvidas de que é dos melhores pontas de lança que passaram na I Liga", referiu.
Vasco Lopes passou na formação por Benfica e Sporting, destacando os antigos colegas e "jogadores diferenciados" Rafael Leão (atualmente no AC Milan), Elves Baldé (Farense), Nuno Moreira (Casa Pia) e Daniel Bragança, que permanece no Sporting.
"No jogo em Alvalade, o Bragança deu-me a camisola no fim e trocámos algumas palavras. Só lhe posso desejar as melhoras e um rápido regresso, porque é um grande jogador", disse Vasco Lopes.
O extremo fez questão de realçar que os elogios ao adversário não retiram ambição para o jogo da 23.ª jornada, indicando até o caminho para tirar pontos aos campeões nacionais e líderes da prova.
"A melhor forma é entrar forte, com ousadia e determinação, e acreditar em nós próprios, sem olhar muito para a classificação. Todos os jogos valem três pontos e têm de ser encarados sempre para vencer", revelou.
E, sem se deter, Vasco, de 25 anos, receitou o modelo tático usado no empate (1-1) em Vila do Conde, na última jornada, por achar que o '4-3-3' é "o sistema que melhor potencia os jogadores".
"As coisas não nos têm corrido muito bem e as mudanças de treinador nunca são fáceis, por maior que seja o esforço dos jogadores face às novas ideias, mas temos qualidade suficiente para andar melhor classificados. Tenho a certeza de que vamos ter um final feliz", afirmou, convencido de que "o atual lugar de play-off é coisa passageira".
Vasco Lopes soma dois golos e uma assistência no campeonato, iniciado mais tarde, no seu caso, devido a lesão.
"No início da época tinha a expectativa de poder fazer entre sete e 10 golos, mas o coletivo vem primeiro. No meu caso, apesar do meu passado, só posso dizer que as coisas correram como tinham de correr. Ter passado pelos escalões inferiores, só me fortaleceu como jogador", concluiu.
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